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Um toque aos petistas de raiz – militantes históricos do Partido dos Trabalhadores, nascidos dos núcleos operários da região do ABC paulista e dos movimentos universitários e intelectuais na redemocratização do país:recolham suas bandeiras e camisetas, de outras jornadas, e comecem, a partir deste sábado(7), a adaptar-se à mudança estratégica de “desavermelhar” o PT”. Este é um dos planos explícitos do novo marqueteiro do partido, Sidônio Palmeira, 63 anos, ao assumir a propaganda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, líder das pesquisas até aqui, cuja candidatura para retornar ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano, será oficializada hoje, em São Paulo. A chegada de Sidônio no comando do marketing nacional do PT é tema forte e polêmico, mesmo na semana em que Lula é Capa na Time norte-americana.
Aluno destacado e herdeiro, dos mais bem sucedidos, na tradição do chamado “marketing político baiano” – escola de nomes como do saudoso Geraldo Walter(Geraldão), Fernando Barros, Domingos Leonelli, Duda Mendonça (também falecido), João Santana, Nizan Guanais e Zé Américo Filho,entre outros -, Sidônio é profissional de sucesso desde a “Campanha das três Marias”, que elegeu pelo PSB , a atual deputada socialista Lídice da Matta, primeira mulher prefeita de Salvador. Desde então, praticamente, o publicitário não mais saiu do poder. Sobressaindo com a chegada do PT no Palácio de Ondina, na primeira vitória de Jaques Wagner (dois mandatos) e lá permaneceu com o atual governador Rui Co sta, (também duas vezes), até a semana passada, quando saiu para assumir (25/4) o projeto, amplo e ambicioso, de mudar rumos do atual marketing petista, dando-lhe tons menos agressivos, para amenizar o discurso ideológico – ao gosto dos grupos sociais e sindicalistas –, tornando-o de mais amplo alcance e palatável aos setores empresariais e de classe média liberal. Sidônio conduziu a campanha de presidencial de Haddad em 2018.
Em entrevista – que segue produzindo ruídos nas bases do PT, e dando o que falar entre analistas políticos – ao jornal Estado de S. Paulo, reproduzida pela Tribuna da Bahia e outros veículos do país, Sidônio, mesmo não sendo calouro, no contacto com a impulsividade e arroubos, no palanque, de Lula e militantes “mais à esquerda” do PT, – toma o cuidado de esclarecer: o vermelho simbólico de outras campanhas não embranquecerá nem sumirá da propaganda política, mas deve perder prioridade para o verde e amarelo. E o discurso, antes voltado para os rezadores do mesmo “catecismo”, deve mudar e passar a falar direta e claramente a outros públicos e outras tendências.
O novo marqueteiro de Lula, (de Vitória da Conquista, sudoeste baiano), sabe que briga contra o tempo. Mas “Ligeirinho”, como uma das campanhas de maior visibilidade que ele criou para o governo Rui Costa, Sidônio entendeu que o percurso para atrair os “não convertidos” tem de passar pelo aval do ex-presidente e não pode ser radical. O dono da Leiaute está decidido ir por caminhos diferentes dos de Augusto Fonseca, seu antecessor, demitido pela cúpula do partido sob críticas severas.
Jogo de cintura e folha de resultados parecem não faltar. O governo de Rui Costa gastou perto de R$ 1 bilhão, ano passado, em sua propaganda, a cargo do agora marqueteiro nacional do PT. O ensaio geral – antes da campanha pra valer – será neste sábado, no ato de lançamento oficial de Lula à Presidência da República. O resto a conferir.
Vitor Hugo Soares: [email protected]
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