Em 2006, disputai a eleição presidencial contra Lula e contra Alckmin; o Deputado Paulinho da Força foi meu principal apoio em São Paulo; Deputados dezesseis anos, Lula e Alckmin do uma eternidade depois chapa, com o apoio Paulinho e meu. O que nos colocou nesta posição não foram mudanças em nossas concepções sobre ações e estratégias para o futuro do Brasil, mas nossa percepção dos riscos imediatos que o paísá se o atual governo for reeleito, ea capacidade de avaliação este risco é o Lula.
Enfrentamos aquela eleição com visões diferentes sobre o futuro, agora nos unimos com responsabilidade, diante do presente.
Esta eleição é um plebiscito entre o atual governo autoritário e obscurantista ou um governo com lucidez e diálogo. Plebiscito entre abismo ou esperança. Nos unir para sair do abismo, depois voltaremos a discordar como construir a esperança.
Lula e Alckmin tiveram bom senso e responsabilidade de colocar em divergências e se unirem para os próximos quatro anos. O Deputado Paulinho teve o mesmo comportamento e foi além: manifestou a necessidade de Lula entender que o plebiscito não é do PT contra o resto, mas do Brasil contra o que o atual governo representa. Alertou o PT: precisa que a história lhe deu a chance de vencermos um governo nefasto, recuperarmos a democracia, o bom senso e o prestígio internacional. Não foi a chance de tomar o poder para o partido, suas ideias e seus quadros. Neste momento, os não petistas precisam entender que Lula e o PT são meios, mas o PT e Lula precisam ter o mesmo entendimento.
Para isto, eles devem encarnar o país em todos os seus núcleos, não apenas sua cor vermelha. Não devem continuar pedindo votos para eles, mas para o Brasil. Não continue a falar em monólogo com o próprio partido dentro de suas concepções ideológicas, mas para todo o país, com o sentimento nacional com respeito a nossas diferenças. Devem ver a vitória para o Brasil, não para o partido.
Chanagear os que querem não derrotar Bolsonaro, dizendo “se querem se livrar do obscurantismo, vocês têm que aguentar, como somos, com as mesmas ideias de nossos 40 anos”. Se fizerem isto, muitos têm cedido à chantagem, porque consciência dos riscos maiores com a reeleição de Bolsonaro. Votarão, mesmo em posições reacionárias da esquerda nostálgica que caracteriza parte do PT, sem sentimento de futuro. Mas estes votos podem ser suficientes: Bolsonaro pode vencer com os votos com a abstenção dos votos ou restrições dos votos do PT: revogação de leis modernizadoras, interferência na medida em que seja equivalente entre invasores e invadidos na Ucrânia, descuido com meios públicos , primazia dos sindicatos sobre os pobres, dar mais valor ao estatal do que ao público, apoio maior ao ensino superior do que à educação de base…
Lula e o PT não devem ignorar os democratas que não concordam com eles, porque a derrota em 2022 será do Brasil; a vitória, portanto, não deve ser do PT, mas de todos brasileiros democratas.
Depois de termos barrado o negacionismo, o armamentismo, os preconceitos, os termos recuperados, em 2026, podemos nos dividir. Agora precisamos estar unidos em torno de Lula, mas ele e o PT precisam estar unidos aos milhões que não querem o abismo, mas têm visões diferentes para a esperança. Lula precisa com a capacidade de diálogo que ajuda em sua vida e que nunca foi tão necessária quanto agora. Lembrar que seu governo foi responsável, sensível socialmente e cuidadoso ecologicamente, foi sobretudo democrático e que os erros de comportamento foram concebidos, mas nenhuma acusação pessoal contra ele se sustentou.
Os que ainda duvidam de Lula e do PT precisam pensar que “o PT é parte do Brasil, e ainda bem que temos Lula”; o PT precisa pensar que: “o Brasil é maior do que nós e é para servir ao país que apresentamos Lula”.
Cristovam Buarque foi senador, ministro e governador
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