O preço da gasolina subiu pela semana consecutiva, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (6/5) pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). Esta semana, o estado registrou o maior preço do combustível em Santa Catarina, chegando a R$ 8,999 em Tubarão. Em contraponto, o estado com menor valor cobrado por litro foi o Mato Grosso do Sul – R$ 7.890.
Ainda de acordo com a agência, que consultou 5.146 postos pelo país, o preço médio da gasolina ao consumidor no cenário nacional fechou uma semana em R$ 7.295 por litro.
O resultado maior é 0,2% registrado na semana e o maior, em termos nominais anteriores, desde que ANP começou a fazer o monitoramento semanal, em maio de 2004. Os valores nominais não atualizam os preços pela inflação acumulada no período.
O etanol registrou um aumento em 19 estados nesta semana, segundo a ANP. Houve queda no preço nos outros sete estados e no Distrito Federal. Na média geral, o preço médico do combustível caiu 1,77% na semana em relação à anterior – de R$ 5.539 para R$ 5.441 o litro.
Na relação de vantagem 70/30, o etanol está com paridade média no nível nacional de 74,59% ante a gasolina, ou seja, menos favorável do que o derivado do petróleo.

O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecerImagens Getty

Há quatro tributos que incidem sobre os produtos vendidos nos postos: três próximos (Cide, PISPasep e Cofins) e um estadual (ICMS)Imagens Getty

No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma gordura em cima de cada tributoImagens Getty

O preço na bomba incorpora a carga tributária e ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, representantes e produtores de biocombustíveisImagens Getty

Além do lucro da Petrobras, o valor final das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou acabado dependedoImagens Getty

A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos financeiros/Cide, PIS e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustívelImagens Getty

O disparo da moeda americana no mercado de câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o vilão principal para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do bar, que corresponde a mais R$ 400 na conversão atual Imagens Getty

A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da FecombustíveisImagens Getty
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Bolsonaro ataca a Petrobras
O balanço da ANP ocorre um dia depois do presidente Jair Bolsonaro (PL) critica duramente a Petrobrás. Durante a transmissão ao vivo nas redes sociais, nesta quinta-feira (5/5), o chefe do Executivo federal disse que é um “crime” e um “estupro” a empresa ter um lucro “abusivo” em períodos de crise. “Faço um apelo: Petrobras, não quebre o Brasil”, disse Bolsonaro, aos gritos.
UMA declaração do presidente foram feitos momentos antes da petroleira informaram o resultado do período de R$ 44.561 bilhões no primeiro trimestre — 3.718,4% maior do que o lucrado no mesmo período do ano passado, quando a estatal faturou R$ 1.167 bilhões.
“Eu não posso entender, a Petrobras durante crise da pandemia e guerra lá fora, a Petrobras faturar horrores. O lucro da Petrobras é maior que a crise. Isso é um crime, é inadmissível”, afirmou Bolsonaro.
Na live, o chefe do Executivo federal apelou para que a gasolina não seja um novo nos preços dos comerciais, pois um novo reajuste “pode aumentar o Brasil”. A Petrobras está sem reajustar os preços dos combustíveis nas refinarias desde 11 de março.
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