FOMO é uma sigla que, em inglês, quer dizer “fear of missing out”. Ele nada mais é do que o “medo de perder algo” ou “medo de ficar de fora de algo”. Essa patologia é o medo das pessoas de não conseguirem acompanhar tudo que está sendo produzido.
As pessoas que sofrem de FOMO acham que estão “perdendo” alguma coisa. principalmente, quando veem outras pessoas se divertindo em algum lugar que ela não está. Para essas pessoas, como outras estão sempre divertindo mais, estão mais animadas e felizes. Em outras palavras, FOMO é o estresse súbito por ter uma experiência significativa.
De acordo com uma pesquisa de 2012, feita pela agência de publicidade J. Walter Thompson, sete em cada dez millennials disseram que já sentiram FOMO. Quando a pesquisa foi feita, somente 8% depois dos feitos de conhecimento, ele o ser explicado se eles identificaram com a percepção. Outra descoberta foi de que quatro em cada um 10 admitem que a sensação de FOMO é frequente.
Um ponto importante é que o FOMO não é apenas o medo de perder eventos sociais, ele também tem reflexos no mercado, é usado como estratégia de marketing e pode explicar os vícios em videogames.
FOMO

Época Negócios
“O conceito FOMO começou a ser estudado recentemente, mas eu vejo como uma releitura. Já existe uma ideia, a pretensão de pensar na questão da conexão social”, disse Gabriel Rego, pesquisador do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social do Mackenzi.
Até porque os humanos são animais sociais, a habilidade de cooperar e os grupos foi o que garantiu a sobrevivência das espécies. Com isso, a evolução deu uma recompensa aos humanos. Isso porque, sempre que as pessoas têm interação social que como me chamam, a região do cérebro pode ser ativa. Quando isso acontece, essa região libera dopamina, um dos principais neurotransmissores relacionados à sensação de prazer.
Ficar a ser garantida, já que as coisas estão corretas, que terão dois lados, que ficarão antes da história, ou serão predadas antes de tudo. Portanto, o melhor a se fazer era permanecer em grupo. Portanto, não é por acaso que se sentir excluído das coisas parecer uma sentença de morte.
Essa exclusão social da Califórnia, como a pesquisadora Naomi Eisenberg, da Universidade da Califórnia (UCLA). De acordo com elas, a rejeição social ativa o córtex cingulado anterior, que é uma das regiões de pesquisa científica à física.
Termo

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A primeira vez que o termo “fear of missing out” apareceu em um artigo científico foi em 2000. O artigo em questão não era de psicologia, ou de neurociência, mas sim de marketing. Foi o estrategista Dan Herman que escreveu no “Journal of Brand Management” a respeito de como usar o medo de ficar de fora para conseguir vender produtos.
No entanto, a sigla FOMO não foi criada por Dan, mas sim por Patrick McGinnis, um aluno de administração de Harvard. Ele escreveu um artigo para o “The Harbus”, um jornal estudantil da Harvard Business School, usando a sigla FOMO pela primeira vez em 2004.
Depois disso, ela foi a boca a ficar conhecida através do boca boca. Com o passar do tempo, o FOMO virou a sigla queridinha de vários autores que identificavam novas tendências. Tanto que, sites como o Huffington Post, BuzzFeed e Mashable abusaram dela até a sigla chegar no New York Times.
Com tanta fama e tão usado, FOMO foi adicionado ao dicionário Oxford. Seu criador, McGnis, fez sua carreira baseada no seu conceito de saúde. Ele escreveu um livro, criou um podcast e dá cursos de como lidar com o FOMO, ou então, use-lo ao seu favor.
InstaFOMO

Canaltech
No ponto que FOMO é o medo de ficar de fora, ele só vem quando se sabe que você está de fora de alguma coisa. Assim, não há nada mais eficiente para mostrar para alguém que ele não está em algum lugar ou evento do que as redes sociais. Não por acaso que o termo foi ficando mais popular junto com a ascensão e o crescimento das redes sociais.
Só que FOMO não é a mesma coisa que inveja que se sente quando se vê um influenciador em um lugar paradisíaco. O medo de ficar de fora só acontece quando é algo relacionado ao seu grupo de amigos, à sua tribo. Por isso, quanto mais próxima a pessoa for, pior será o sentimento.
De acordo com uma pesquisa de 2018 com alunos do primeiro ano da faculdade, o FOMO aparece mais no fim do dia e nos finais de semana. Isso porque são esses momentos que as pessoas tendem a sair mais e também a acessar mais as redes sociais para se distrair.
O pior é que isso acaba virando um ciclo vicioso. Já que, vem primeiro a uma sensação de ser vigiada no Instagram, no Twitter, no Facebook ou em alguma outra rede social. Depois disso, vem uma vontade de manter a conexão com o grupo também através das redes sociais, o que mostra que essas plataformas despertaram o FOMO.
A pessoa tenta aliviar o FOMO descoberta nas redes sociais e acabando piorando ainda mais a situação.
No fim das contas, essa parte é necessária, visto que faz dos instintos primordiais ser humano. Portanto, existe uma receita de bolo FOMO, mas não uma solução para trás com problema é começar pelo que está para trás.
“Numa terapia você vai entender como se sentir mais seguro, como maneja esse sentimento. Uma vez que você se sente seguro, você pode escolher não aceitar aquele compromisso. Todo mundo vai, mas você não se sente triste”, concluiu Anna Lúcia Spear King, psicóloga do Instituto Delete especializada em detox digital.
Fonte: Superinteressante
Imagens: Época Negócios, eu codigo, Canaltech
Esse conteúdo O que é a epidemia de FOMO? foi criado pelo site Fatos Desconhecidos.
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