A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse, neste domingo (1º/5), que é preciso tomar cuidado para não cair na “armadilha” do presidente Jair Bolsonaro (PL) e deixar que a pauta dele domine como eleitorais. Para ela, o objetivo do atual presidente é tirar o foco da fome a atender como pessoas classes mais baixas, a crise dos alimentos, o alto preço dos alimentos “caos social” instalado no país.
A petista citou os atos chamados bolsonaristas contra o Supremo Tribunal Federal (STF) no Dia do Trabalhador pelas armadilhas. Ela sustentou ainda que a falta de uma resposta imediata do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre indulto conceder por Bolsonaro ao deputado Daniel Silveira era uma forma de não deixar que a bolsonarista virasse a única a ser assinada.
“O Bolsonaro está ligado ao STF o que ele diz sobre o preço do gás? Que que ele diz sobre o salário? O que ele diz sobre a renda? Sobre a inflação, a maior dos últimos 27 anos? A pauta do Bolsonaro é uma pauta pessoal, que ele coloca como prioridade. É isso que explica o que está na política brasileira”, destacou.
“Como é que pode a gente voltar a ter fome no Brasil? Olha o desemprego. Olha como está o custo de vida, a renda. Vimos depoimento das mulheres, foi chocante. Vou no mercado, trago cada vez menos. Tenho que ajudar a minha vizinha. Não tem comida três vezes por dia para dar às crianças. É isso que tá no Brasil, é uma tragédia”, disse.
“Quem está falando sobre isso é o Lula. Se o Lula parar de falar isso, quem vai falar?”, enfatizou.
“Pauta única”
A deputada rechaçou a ideia de que Lula não se posicionou sobre o indulto concedido por Jair Bolsonaro a Daniel Silvieira.
“Nós nos posicionamos. O presidente, entrevistas e em atos dos quais ele participou, falou sobre isso. O problema é que isso não pode virar uma pauta única”, destacou a petista.
“Nos últimos cinco dias ou seis dias, só se fala nisso. É como se não existe povo nesse Brasil, como se as pessoas não estão sempre passando fome, como se a abril fosse menor. Não se pode ficar assim. A centralidade tem a vida do povo”, que seja a petista.
Gleisi alega que o que está no jogo no país são pontos muito mais importantes, que mexem com a vida das pessoas mais pobres e que hoje estão passando fome.
No dia da concessão do indulto a Daniel Silveira por parte de Bolsonaro, Lula não se manifestou. O petista viria depois, porém, a condenar a atitude de Bolsonaro tanto em entrevistas quanto em atos públicos dos quais participaram.
“E dar indulto, ao invés disso, ao invés, e dar indulto para uma comunidade de Brasil a quem merecer, que seja capaz de atender a uma barbaridade de um evento crítico, que tenha sido capaz de reconhecer uma barbaridade de uma comunidade de cultura de suprema Corte”, Lula. , na zona norte de São Paulo.
Crise na comunicação
Gleisi reclamou ainda sobre a hipervalorização de notícias a respeito da comunicação da campanha de Lula. “É como se não existe povo no Brasil”, disse. “Não se trata de uma questão de comunicação é uma questão de política”, destacou.
“Agora até o filhote de cruz credo fica dando palpite na comunicação da campanha de Lula”, disse a petista. “Nós não temos marqueteiro, não tivemos marqueteiro, não teremos marqueteiro.”
“E aqui a despeito, com todos os problemas que ocorreram, com toda a nossa luta, chegamos que chegaram. O Lula foi colocado em primeiro lugar nas pesquisas”, disse Gleisi.
“Esquema violento”
Ela lembrou que Bolsonaro tem a máquina governamental e toda uma estrutura de marketing feita para a reeleição. “Eles têm um esquema violento de comunicação, estão sentados na cadeira da Presidência da República. Tem, propaganda oficial para todos os lados, um esquema esquematizado de base, com muito dinheiro, baseado nas falsas, projetando-se com muito dinheiro para todos os lados, e aíinando”, disse.
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