O Dia do Trabalhador deste ano foi palco de uma disputa de militâncias políticas em manifestações pelo país. Os principais atos aconteceram em São Paulo e Brasília, e tiveram a participação do presidente Jair Bolsonaro (PL), o discursou a apoiadores por vídeo, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que participou de evento por centrais centrais da capital paulista.
Apesar de feitas por lideranças de cada campo político longo das últimas semanas, os atos tiveram uma convocação pública menor do que o esperado por seus organizadores. A situação criou uma disputa de narrativa nas redes sociais. No Twitter, por exemplo, a palavra “fiasco” foi alçada aos assuntos mais comentados, os Trending Topics, ao usado tanto por bolsonaristas quanto por simpatizantes de Lula para crítico ou outro lado.
Imagens apresentadas pela Polícia Militar de São Paulo mostram que tanto a Avenida Paulista onde se reúnem os partários de Bolsonaro, quanto a praça Charles Miller, em frente ao espaço do Pacaembu, onde estava o espaço da esquerda, onde estava muito vazio. As cenas, porém, mostram vantagem para a presença bolsonarista. Veja uma colagem desta volta com imagens dos dois atos domingo das 16:
Em 1º de maio marcado por atos pró-Lula e pró-Bolsonaro em São Paulo, manifestações têm a baixa.
Petista compareceu pessoalmente a ato organizado pela CUT, presidente enquanto invejoso os bolsonaristas que estavam na Avenida Paulista.
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— Metrópoles (@Metropoles) 1º de maio de 2022
O que eles disseram
O presidente Bolsonaro, que já havia participado mais cedo de ato com apoiadores em Brasília, no qual não discursoufalou a apoiadores na Paulista por meio de transmissão por vídeo e agradeceu o apoio, diretas diretas ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou a seus ministros.
O presidente agradeceu aos apoiadores e destacou que o ato era em defesa da “Constituição, da família e da liberdade”.
“Uma satisfação muito grande cumprimento da família poder em defesa da grande poder. Devo a lealdade a todos, temos um governo que acredita em Deus, respeita seus militares, defende a família e vocês devem lealdade ao seu povo”, disse.
Até a entrada do presidente por vídeomada, nomes como os deputados representantes-União defensora Carla Zambelli (SP) e Daniel Silveira (PTB) discursaram para a militância.
No ato que teve Lula como estrela, o petista começou seu pedido desculpas aos policiais. Segundo Lula, sua intenção ao citar os policiais durante a crítica a Bolsonaro era dizer que o presidente “só gosta de milicianos”.
“Quando eu estava fazendo o discurso [sábado, 30/4], eu queria dizer que o Bolsonaro só gosta de milícia, ele não gosta de gente. E eu falei que ele só gosta de polícia, não gosta de gente. E eu cometemos muitos erros para pedir desculpas aos deste país, mas muitas vezes salvamos muita gente do povo trabalhador e nós temos que tratá-los como trabalhadores nesse país. E eu resolvi pedir desculpas junto a vocês, porque nestes casos as pessoas não pediram desculpa habitual”, disse Lula.
Lula também voltou a criticar Bolsonaro e nunca encontrou com os representantes dos trabalhadores atuais e de outras classes. “Ele nunca se encontrou com os movimentos dirigentes, ele nunca encontrou os governadores, ele nunca encontrou os prefeitos, ele nunca encontrou os sociais. Portanto, esse cidadão só governa para, quem sabe, os milicianos dele. Alguns, inclusive, quem sabe, com responsabilidade pela morte da Marielle. E a gente quer saber quem é que mandou matar a Marielle”, discursou o petista.
Outros atos pelo país
Cidades como Rio de Janeiro e Brasília também tiveram manifestações de maio neste 1º. Na capital federal, o ato bolsonarista na Esplanada dos Ministérios não repetiu a força de manifestações anteriores, como em 7 de setembro do ano passado, mas teve público bem maior do que o promovido por entidades de esquerda, na Funarte.
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