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Os ataques de Jair Bolsonaro à Justiça Eleitoral já produziram um efeito prático. Obrigado a se defender em tempo integral, o TSE perdeu o fôlego para coibir a campanha antecipada.
O capitão será o quarto presidente brasileiro a concorrer à reeleição. Nenhum antecessor teve sua liberdade para usar a máquina em causa própria.
Bolsonaro transformou a Presidência num palanque permanente. O Planalto virou comitê de campanha. As viagens oficiais se tornaram pretexto para a realização de comícios itinerantes.
Na quarta-feira, o palácio sediou mais uma pajelança eleitoral. O capitão encheu o salão nobre de deputados governistas. O ato se arrastou por duas horas, com transmissão ao vivo na TV Brasil.
Ao todo, 22 parlamentares se revezaram no microfone. Nos discursos, exaltaram a personalidade do chefe e fizeram referências explícitas à eleição.
“Que bom, presidente, que você está nessa cadeira. E vai continuar nela, não tenho a menor dúvida”, disse o deputado Delegado Éder Mauro, expoente da bancada da bala. “Agradeço a Deus todos os dias por o senhor ter sido eleito”, derramou-se o deputado Sargento Fahur.
Sem corar, Coronel Tadeu descreveu Bolsonaro como “nosso grande líder” e “nosso norte moral”. “Os sábios o seguirão, e os tolos caminharão nas sombras da boçalidade”, emendou, em ataque aos eleitores que pretendem votar em outros candidatos.
O espetáculo de bajulação prosseguiu com Coronel Chrisóstomo, que agradeceu a Deus por ter presenteado Bolsonaro com “outra vida”. O deputado se despediu com continência e grito de “Selva!”, como se estivesse num quartel.
Ontem o capitão desembarcou em Paragominas, no interior do Pará, para fazer mais um comício com dinheiro público. O prefeito decretou ponto facultativo para engordar a claque. No palanque, Bolsonaro elogiou a própria decisão de indultar o aliado Daniel Silveira. “Me senti feliz e orgulhoso comigo mesmo”, festejou-se.
Confiante na inércia do TSE, o presidente-candidato se mostrou à vontade para pedir voto antes da hora. “Enquanto vocês quiserem, eu serei o presidente de todos vocês”, afirmou. A plateia respondeu em coro: “Mito! Mito!”.
Ao lado de uma criancinha, o capitão disse acreditar em Deus, respeitar os militares e defender a família. Despediu-se com o slogan da última eleição: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”.
(Artigo transcrito de O Globo)
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