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A noite dessa quarta-feira (20/4) poderá ficar marcada na história do futebol brasileiro. O motivo? A comprovação de que a preguiça e a falta de interesse de resolver os problemas que afetam o futebol imperam por parte de quem é responsável pela realização do espetáculo.
Dois confrontos, um de Copa do Brasil e outro de Campeonato Brasileiro, tiveram torcida única tendo como base possíveis confrontos entre torcedores.
Esse foi o argumento que Coritiba e Santos levaram para a CBF, e que recebeu o aval do Ministério Público do Paraná, para que os dois times jogassem apenas para torcedores do Coxa pela Copa do Brasil. A base para o pedido foram as brigas registradas no último domingo entre torcedores (19/4) das duas equipes.
Bastou um vacilo da Polícia Militar de São Paulo para que um grupo de santistas, que não representam a maioria da massa que apoia o Peixe, atacasse a caravana em que os coxa-brancas estavam. No entanto, em vez de cobrar as autoridades policiais sobre o possível descuido ou para que a identificação dos agressores ocorra, as diretorias das duas equipes preferiu aceitar a derrota e optou pela medida mais simplista e de menor efetividade para se resolver o problema em si.
Em São Paulo, por exemplo, o modelo de torcida única foi adotado em 2016 com o discurso de que diminuiria a violência. No entanto, nada mudou. Diversas brigas foram registradas de lá para cá, inclusive durante a pandemia enquanto os estádios sequer recebiam torcedores. Além disso, brigas há quilômetros de distância dos estádios são registradas mesmo com a determinação.
O mesmo motivo foi utilizado para que o Palmeiras impedisse que torcedores flamenguistas fossem ao estádio alviverde em 2019. Dois anos depois, chegou a vez do Rubro-negro devolver a retaliação, que mais reflete o ego das diretorias dos dois clubes, que a real preocupação com a segurança e o bem estar dos torcedores.
Nos dois casos, a rivalidade e animosidade entre as torcidas é antigo e de conhecimento geral. Portanto, porque simplesmente recorrer à essa medida que impede que tantos outros apaixonados possam acompanhar seus times, ao invés de ir onde o problema realmente está?
Caso realmente estivessem preocupados em garantir que amantes do futebol, independente das cores que vestem, pudessem ir aos estádios as diretorias dos clubes, federações e forças de segurança trabalhariam para garantir que torcedores tenham direito de assistir a partidas de seus times.
Mas, aparentemente, o mais cômodo para todos é aceitar de que é impossível que determinadas torcidas possam assistir a uma partida de futebol dividindo o mesmo espaço.
Se o futebol brasileiro anda mal das pernas, aqueles que o comandam aparentam não ter nenhuma disposição para salvá-lo.
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