
Por Patrícia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) – O Congresso dos Estados Unidos votou nesta quinta-feira para impor mais problemas econômicos à Rússia pela invasão da Ucrânia, aprovando uma medida para remover seu status comercial de “nação mais favorecida” e outra para proibir as importações de petróleo.
O Senado votou 100-0 a favor da medida que remove o status de Relações Comerciais Normais Permanentes (PNTR) tanto para a Rússia quanto para sua aliada Bielorrússia. Pouco depois, apoiou a medida de energia, também por 100-0.
A aprovação do Senado enviou a legislação à Câmara dos Deputados, que rapidamente aprovou a medida comercial por 420 a 3, e a legislação de energia por 413 a 9.
O presidente Joe Biden apoia as medidas e as sancionará, disse a repórteres a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
A lei comercial abre caminho para o governo de Biden aumentar as tarifas sobre as importações da Rússia e da Bielorrússia. A medida de energia põe em lei a ordem executiva anterior de Biden que proíbe as importações de petróleo e carvão russos.
“Este pacote trata de trazer todas as ferramentas de pressão econômica para o (presidente russo) Vladimir Putin e seus comparsas oligarcas. A Rússia de Putin não merece fazer parte da ordem econômica que existe desde o final da Segunda Guerra Mundial”, acrescentou. O senador Ron Wyden, presidente do Comitê de Finanças do Senado, disse em um comunicado.
A Câmara aprovou os dois projetos no início deste ano, mas eles pararam no Senado enquanto republicanos e democratas discutiam sobre quando votar a medida de energia e a redação de uma disposição no projeto de lei comercial que reautoriza a Lei Magnitsky, que permite sanções por violações de direitos humanos.
A lei dos EUA exige que o Congresso aprove a mudança no status comercial da Rússia e da Bielorrússia.
Sob um compromisso forjado na noite de quarta-feira, os senadores concordaram em considerar tanto a medida comercial quanto a conta de energia. A Câmara teve que aprovar emendas a ambas as medidas por causa de mudanças técnicas feitas no Senado.
A Rússia chama o ataque à Ucrânia de “operação militar especial”.
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