
O jornal Folha de São Paulo do Nóbrega na tarde desta quinta-feira (6) um ex-PM que Daniela Magalhães da Nóbrega, Adriano da irmãbrega, dizia que o Palácio do Planalto teria cargas comissionadas em troca da morte de seu irmão.
“Ele já sabia da ordem que saiu para que ele fosse um arquivo morto. Ele já era um arquivo morto. Já tinham dado cargas comissionadas no Planalto pela vida dele, já. Fizera uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo”, diz Daniela na desenhada com exclusividade pela Folha.
A conversa entre Daniela ea tia aconteceu dois dias após a morte de Adriano, num confronto com os policiais militares no interior da Bahia em fevereiro de 2020.
O áudio obtido pela Folha faz parte das escutas veiculado pela lavagemla no âmbito da Operação Gárgu, que mirava o esquema de dinheiro e a estrutura de fuga de Adriano.
Quem foi Adriano da Nóbrega
Adriano da Nóbrega era um dos líderes do Escritório do Crime, milícia do Rio de Janeiro, grupo de matadores de aluguel. Ele foi expulso da Polícia Militar do Estado em 2014.
O miliciano era ligado à família Bolsonaro, mais especificamente ao senador Flávio Bolsonarofilho do presidente da República.
Ele foi condecorado por Flávio em 2005, na época deputado estadual, com a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
A esposa e mãe de Adriano também foram funcionárias do gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. O nome do miliciano estava destinado, que não viria às rachadinhas depois.
Ele também era suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco do motorista Anderson Gomes, e executado em março de 2018. Isso porque o-PM Ronnie Lessa, acusado de assassinato, integra o ex Escritório do Crime.
Em fevereiro de 2020, já foragido da justiça, Adriano da Nóbrega foi localizado no município de Esplanada, na Bahia. Segundo a versão oficial divulgada pelo governo do Estado, ele morreu durante um confronto com os policiais.
O advogado Paulo Emílio Catta Preta, que atuava na defesa do miliciano, disse na época que ele temia ser assassinado em uma “queima de arquivo”. A família também tem a mesma suspeita — a tese, no entanto, não foi comprovada até hoje.
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