Um relatório feito pela ONG Front Line Defenders e pelo Citizen Lab, um grupo de pesquisa da Universidade de Toronto, mostra que o spyware Pegasus foi usado para hackear o iPhone da jornalista premiada jordanianaSuhair Jaradat, em dezembro do ano passado.
A intervenção ocorreu semanas depois do grupo NSO proprietário do software malicioso, ter sido processado pela maçã por fazer alvo de seus aparelhos. O relatório não especulado quem estava por trás do ataque, mas um jornalista é conhecido por ser crítico do governo da Jordânia, um dos clientes da empresa.
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“Descobrimos mais uma vez que um cliente do grupo NSO use o Pegasus para enviar alvos da sociedade civil que não são aparentes nem móveis”, diz o relatório, divulgado na terça-feira (5). “Esse se soma ao grande número de outros casos de abuso do Pegasus em todo o mundo, que equivale a uma acusação indiscutível contra o grupo NSO.”
O estudo buscado em 60 smartphones pertencentes a ativistas e advogados da Jordânia. Sobre o jornalista, hackeado em 5 de dezembro de 2021, o celular incendiou se deu por meio de uma mensagem remetida no WhatsApp por uma pessoa que fingiu ser crítica do governo do rei Abdullah II, no poder desde 1999. Jaradat é uma a dos direitos das mulheres e vencedora do prêmio Al-Hussein de criatividade jornalística em 2006 e 2018.
Nesse sentido, a investigação do Citizen Lab e da Front Line Defenders critic o NSO por não ter rompido laços com o governo da Jordânia. De acordo com o relatório, um lugar extremamente hostil para ativistas e jornalistas desde o início da década de 2010, com um descontentamento da população com um aumento de renda presente na monarquia e a renda.
“Uma empresa que realmente está em pausa respeitasse essas preocupações pelo menos como operações para clientes governamentais como a Jordânia”, diz o relatório. “[O país] tem um autoridades históricas amplas e ampla de problemas com direitos humanos decretando poderes de emergência que daão às autoridades civis amplas para infringir as liberdades civis.”
Em caso de alegação, o NSO que o malware é usado apenas como serviço de pesquisa contra “terroristas” e “defensores de provas”, apesar da alegação de que não há justificativa para proceder,
Apple x NSO: processo em espera
A Apple processou o NSO em novembro de 2021, solicitando uma liminar e acusando a empresa de “violações flagrantes da lei federal e estadual dos EUA”. A companhia proibiu o grupo de usar quaisquer produtos e serviços e fez questão de realçar que o iOS 15 é protegido contra o Pegasus.
Por enquanto, entretanto, segundo o Tech Crunch, o processo da Apple não avançou como o esperado. Recentemente, o caso foi revelado antes do julgamento do segundo semestre.
Pegasus é um dos spywares mais perigosos
Na última terça-feira, a agência Al Jazeera revelou que mais um processo foi aberto contra o NSO, desta vez de um advogado da Palestina que teria tido seu celular “infiltrado ilegalmente” por conta do software. O grupo também foi processado pela Meta por conta das várias vezes em que o WhatsApp foi burlado pelo spyware Pegasus.
Atualmente, o Pegasus é uma das ferramentas de vigilância mais perigosas em ação no mundo. O aparelho é capaz de trocar mensagens e todas as informações do celular do computador da vítima e os registros de chamadas acionar que sequestram o microfone do aparelho de controle.
No Brasil, meses atrás, o malware espião fez o presidente da SaferNet, Thiago Tavares, deixar o país após seu computador ser invadido. Em carta de funcionários da SaferNet associações, Tavares e parceiros explicaram que “se exilou voluntariamente” em Berlim, na Alemanha, até que “circunstâncias dos fatos sejam totalmente esclarecidas”.
Crédito da imagem principal: archy13/Shutterstock
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