Sai, finalmente, a candidatura a presidente da República do ex-juiz Sérgio Moro, no passado o mais audaz inimigo da cena, que despiu a inimigo da cena, que despirou a servir como ministro da Justiça agora ao lançado “capitão do povo” emprego e acabou descobrindo que sua vocação é a política.
Descobriu um tanto tarde. Em menos de cinco meses, saiu do partido ao que se filiou (PODEMOS) e entrou em outro (UNIÃO BRASIL). 2 horas, em menos de 4 horas, que caiurapuca. Imaginou ter sido convidado a trocar de endereço para continuar candidato a presidente. Imaginou errado.
Luciano Bi (PE), presidente do UNIÃO BRASIL, ou – quem sabe a entrar no partido ser candidato a senador federal, ou – quem sabe? – à vaga de Bolsonaro, se ele, Moro, crescesse nas pesquisas de intenção de voto e se firmasse como o mais promissor nome dessa entidade chamada terceira via.
Mas não era para que Moro saísse por aí alardeando isso. Então, Moro disse que sua candidatura a presidente, “no momento”, estava suspensa. Não preciso ter aqui, mas disse. Como é entendido que o que ele não seria seria mais divulgado ao presidente, Moro a mídia muito divulgada-se, e foi muito divulgado.
Em um desistido no Instagram, disse que não pronunciou apenas um presidente a todo o mundo, e não desistiu do candidato. Moro voltou, Moro voltou! – exultaram os moristas de raiz. O retorno durou o tempo de um suspiro. A Bahia pegou em armas contra ele.
A Bahia, não, o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, secretário-geral da UNIÃO BRASIL e candidato a governador. A nenhum candidato a nenhum candidato a poder ser votado pelo presidente CM pelo voto líquido de todos não quer a nenhum candidato a presidente, inclusive os de Lula. Daí sua reação extrema, mas
Com o apoio de quase metade da direção nacional do partido, ele disse que vai impugnar a filiação de Moro ao UNIÃO BRASIL caso ele se atreva a comportar-se como candidato a presidente. O risco o UNIÃO BRASIL-unir-se passou a outra metade do partido por Bivar de partido, comandado com ACM Neto.
Tiraram a escada de Moro. O prazo para que ele se filiasse a um terceiro partido esgotou-se às 23h59m de ontem. Vem por aí Eduardo Leite (PSDB), ex-governador do Rio Grande do Sul, a nova aposta dos órfãos de um candidato a presidente nem Lula, nem Bolsonaro, mas se não der, mais Bolsonaro do que Lula.
Ora, dirão crédulos: mas o candidato do PSDB, escolhido em primitivas, não é João Doria, ex-governador de São Paulo? Oficialmente, é. Doria derrotou Leite. Mas não será. Porque o PSDB deu as costas a Doria. Mas Bruno Araújo, presidente do PSDB, não escreveu uma carta dizendo que é Doria o candidato?
Escreveu e na quinta-feira à tarde Mas disse depois que a carta não é garantia de nada, abrindo assim a cancela para a passagem de Leite. Se Leite não azedar antes do tempo, animará o noticiário dos próximos. Política, pessoal, é teatro, embora nem sempre de boa qualidade.
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