O brasileiro Thiago Silva, de 33 anos, é um dos bons exemplos a serem seguidos. Negro, filho de mãe solteira e morador de Junqueiro, no Estado de Alagoas, ele conta que a salvau a sua vida. O alagoano, que é empreendedor social e mochileiro, teve a vida transformada pelos livros e decidiu passar isso adiante para ajudar outras pessoas a mudarem de vida.
Segundo Thiago, na infância, ele nunca gostou muito de ler conteúdos e tinha dificuldade em se apaixonar por pedagógicos. Durante o ensino fundamental, seu professor o “castigou” para ser monitor da biblioteca e foi aí que começou a ler sua primeira obra. Desde então, não parou mais.
Depois do curso dos Correios em Gestão de Recursos Humanos, curso de especialização e especialização em um concurso para trabalhar. Porém, a profissão não era a que mais o agradava, e sua vontade de ajudar crianças por meio da leitura ainda mais alto.

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Esperar pelo impossível, fazer horas extras conseguir chegar ao Brasil. Seu intuito era fazer “mochilões” pelo Nordeste, mas de um jeito diferente. “Eu combine o meu chefe, e ele entendeu um pouco meu propósito. Pensado que poderia começar a viajar pelo Brasil distribuindo livros para crianças e adolescentes. As do interior do país têm uma limitação geográfica e temos uma deficiência muito grande no acesso aos livros”, destaca.
Em 2013, o trabalho começou em Alagoas, onde mora, e segue para os Estados próximos de Sergipe e Pernambuco. Por causa das viagens e da distribuição, ele ganhou o nome de “mochileiro pela educação”.
O plano
Como tinha condições financeiras ajustadas, e começou a colocar em determinados dias, o seu plano de prática. Para ver quem poderia conseguir, entrar em contato com escolas, ONGs e procurava por cidades que tinham um baixo de desenvolvimento humano (IDH).
“Comecei a bater na porta das escolas, mandava email, entrava por meio das redes sociais e fazia contato”, explicação o viajante à BBC. O intuito era promover a transformação social por meio da literatura e proporcionar o acesso aos livros para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. No entanto, conseguir livros e materiais para as doações era trabalhoso.
Ele ia atrás de livros literários e tentar alcançar o máximo possível de livros vezes, quando recebia os muitos livros doados, eram materiais velhos de pouca utilidade. “A gente recebeu muito livro ruim, livro mofado e era lixo. A pessoa queria se livrar dos livros”, diz.
Quando não recebia publicações de forma gratuita, comprava do próprio bolso algumas. Hoje, para evitar qualquer péssimo estado, ele faz um material que identifica o tipo de qualidade do material recebido. “Quem doa começa a perceber que tem uma gestão por trás”, afirmou o rapaz.

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Mesmo indo na área social, ele não quis e nem deseja transformar o projeto em uma ONG. O mochileiro conta que prefere ter flexibilidade para criar e conseguir ir para os lugares de forma prática. “Acho que ficaria com aquele dinheiro engessado. Eu gosto de criar e ser livre. É o perfil do mochileiro”, afirma.
Um sonho do sonho
Para ajudar na triagem dos livros e desenvolvimento da empresa, ele conta que as pessoas na área administrativa e uma pedagoga para a curadoria dos livros recebidos. Além da distribuição de livros, durante as visitas nas escolas, ele oferece programas de mentorias aos estudantes. ”Eles desenhos para apresentarem para bancas avaliadas”, conta Thiago.
No quadro “Boas ideias não têm idade”, crianças e adolescentes podem desenvolver e projetos para inovação em diferentes âmbitos de impacto social. O mochileiro também realiza oficinas de leitura para o público carente das cidades. Em alguns locais, já foi entregue uma estante literária que simula uma biblioteca móvel com mais de 200 livros, um tablet para gerenciar o aluguel das obras para colorir.

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Hoje, para conseguir recursos e desenvolver o projeto em grande escala, ele vai atrás de empresas e vendas palestras. A ideia é fazer com que cada companhia “adote” uma escola pública e repasse uma verba aos locais visitados.
Desde 2013, Thiago já passou por 79 cidades, 10 Estados e distribuiu 10.650 livros. Sua viagem mais recente foi para São José do Egito e Tabira, ambas em Pernambuco. O próximo passo é distribuir livros em escolas e ONGs das regiões Norte e Centro-Oeste.
Ele ainda deseja capacitar e formar novos mochileiros para realizar um trabalho igual ao dele e levar o acesso a livros para diversas cidades do Brasil. Em paralelo, crie uma espécie de portal, para que os jovens se encontrem ou tenham acesso a um programa de emprego principal da carreira.
Por último, Thiago pretende ter uma sede fixa e uma escola com metodologia própria. “Quero transformar o país no que mais lê no mundo”, afirmou o empreendedor social à BBC.
Fonte: G1
Esse conteúdo Brasileiro viaja por todo o país doando livros a crianças foi criado pelo site Fatos Desconhecidos.
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