Digo logo de cara: O Batman não é um filme ruim, mas também não é nada, ainda mais para um trabalho excepcional em desenvolvimento por quase uma década e que por muito tempo tinha o “O” de seu título como algo concreto. Ambientado (aparentemente) bem longe do universo recente e fantasioso do DCEU e mais próximo visto visto em Coringao longa de Matt Reeves (Cloverfield) ancora esta iteração de Bruce Wayne (Robert Pattinson, Crepúsculo) anos após o início do “Projeto Gotham”, o bilionário decide em cidade do homem-morcego (aqui, O “Vingança”) para incorporar a cidade numa ação para fazer justiça com as próprias tomadas pela cidade, tomar decisões e criminalidade.
Os pontos fortes: a narrativa de Reeves com seu colega Peter Craig (Bad Boys Para Sempre) adota um interessante tom noir dos filmes de máfia dos anos 2 e uma boa (porém0) narração em off de Patson, que cria uma versão bem realista do heroi. Assim, não temos o Batman estilizado das versões de Tim Burton e nem aqueles espetaculosos ou grandiosos de Nolan e Snyder (eu ignoro a era Schumacher de propósito aqui, pois aquilo é um delírio).

O homem-morcego de armas é recluso, discreto, sorrateiro e possui equipamentos e equipamentos se comparados com suas versões pré-emocionais e até uma distância do seu fiel escudeiro Alfred (Andy Serkis). A escala do filme também é modesta, como se fosse uma espécie de “missão” menor vista nos ótimos jogos da franquia, já que a principal ameaça vem de um assassino em série de figuras importantes na cidade, que adota a alcunha de Charada (Paul Dano), fazendo com que Batman precisa navegar pelo sórdido mundo da politicagem podre de Gotham. Isso o competente faze, com outros personagens clássicos como a polícia, o Pinguim (Colin Farrel) e, é claro, com seu parceiro na polícia, o semper justo James Turturro, é claro, com seu parceiro na polícia Gordon (Jeffrey Wright).
Outro grande trunfo de O Batman é que, pela primeira vez em muito tempo em um filme próprio do herói, não perdemos tempo precioso revivendo sua história de origem e já batida cena do assassinato de seus pais. Uma pena, porém que mesmo com essa “economia” o filme é bastante inchado, com mais de 3 horas de duração, sem a menor necessidade. É aí que entram os pontos fracos.

O Batman Demora muito para não levarem muitas vias e “tramas que levam em algum lugar a caçada ao longo do tempo”. Além disso, é inquietante a quantidade absurda de diálogos terrivelmente expositivos, contrariando a regra básica cinema (mais em vez de falar), o que contribui para um filme em grande parte e sem ritmo algum. Não gosto, também, da certa falta de identidade visual do longa. O design de produção é, sim, competente, principalmente e recriar uma Gotham mais gótica do que aquela vista nos longos de Nolan, mas jamais conseguiremos conseguir algo aposto. Não há uma sequência de ação que seja marcante (não necessariamente de grande escala). Ainda que mais contudo, um momento genuíno que possa distinguir O Batman simplesmente não existe e todas as principais cenas de destaque não estão no trailer quase completas.

Por fim, e não menos importante, preciso falar dos vilões, que são todos decepcionantes. Colin Farrell, embora definido à perfeição, faz do Pinguim um coadjuvante do burocrático Falcone de Torturo, chegar no nada verdade definidor Charada, que na verdade uma espécie de justiceiro mais “violento” que o Batman, já que ele acaba sendo mais pra Ajudar Gotham da podridão do que o próprio heroi do título. Com pouquíssimo tempo de tela, tanto Dan quanto Kravitz têm poucas oportunidades de compor seus personagens.
O Batman é um filme OK e mais intimista do Batman, e não há nenhum problema nisso. Pode ser bem melhor? Claro, ainda mais considerando que este é o primeiro capítulo de uma nova trilogia, graças ao seu interminável terceiro ato, que serve claramente para estabelecer um provocação do que vem por aí. É um reinício da franquia que pode dar muito certo, mas precisarão mexer em muita coisa aí.
No Comment! Be the first one.