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Os dirigentes do União Brasil deixaram claro que Sergio Moro será candidato a deputado federal, mas o ex-juiz não parece acreditar na realidade que se impôs com a sua desfiliação do Podemos. Pessoas que conversaram com Moro nesta sexta-feira (1º/4) dizem que ele justifica a troca de partido sob o argumento de que será candidato ao Planalto.
Moro resolveu pegar o telefone para se desculpar com aliados que tinham migrado para o Podemos para apoiar sua candidatura. Nem o senador Alvaro Dias, que convidou o ex-juiz para o partido, nem a presidente da sigla, Renata Abreu, foram avisados com antecedência sobre a ida para o União Brasil.
Nas conversas, Moro diz que a oportunidade de trocar de legenda aconteceu de forma repentina e que a filiação será benéfica para a campanha à Presidência.
A linha de raciocínio de Moro explica por que ele divulgou nota na quinta-feira (31/3) dizendo que abria mão, “neste momento”, da pré-candidatura presidencial.
O União Brasil não tem o menor interesse em abrigar uma chapa majoritária liderada por Moro. A ala proveniente do DEM, chefiada por ACM Neto, publicou nota com veto explícito à candidatura do ex-juiz.
Caso Moro insista no projeto presidencial, o agrupamento de ACM Neto poderá abrir processo interno para cancelar a filiação do ex-juiz ao União Brasil.
No Podemos, a aposta é que Moro desistirá até da candidatura a deputado federal à medida que entender como funciona o novo partido ao qual se filiou.

Sergio Fernando Moro, nascido em 1972, é ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-professor, advogado e político brasileiro. Natural de Maringá, no Paraná, Moro é pré-candidato à Presidência da República pelo partido Podemos (PODE)Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em 1995, Sergio Moro se formou em direito na Universidade Estadual de Maringá e, mais tarde, cursou mestrado e doutorado na Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde também exerceu carreira acadêmica até 2012 Andre Borges/Esp. Metrópoles

Durante a carreira, atuou em diversos casos, como o escândalo do Banestado, e a Operação Farol da Colina; foi juiz auxiliar no STF, e assessorou a ministra Rosa Weber durante o julgamento do mensalão, mas foi após atuar na Operação Lava Jato que ele ganhou notoriedade no Brasil e no mundoRafaela Felicciano/Metrópoles

Em 2017, Sergio Moro condenou o ex-presidente Lula a 9 anos e 6 meses de prisão por crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. A sentença, no entanto, foi posteriormente anulada pelo STF, e Moro foi acusado de agir com parcialidade no julgamento. Como consequência, o ex-ministro teve todos os atos do processo anulados e Lula se tornou elegívelReprodução

Em novembro de 2018, Moro pediu exoneração da magistratura e, em 1º de janeiro de 2019, assumiu o controle do Ministério da Justiça e Segurança Pública, no governo BolsonaroRafaela Felicciano/Metrópoles

Em 24 de abril de 2020, no entanto, o ex-juiz pediu demissão do cargo de ministro, após Bolsonaro exonerar o diretor-geral da Polícia FederalRafaela Felicciano/Metrópoles

Desde então, a relação entre Sergio Moro e Bolsonaro foi de mal a pior. O ex-juiz, inclusive, tornou-se forte oposição ao governo de Bolsonaro e, desde que deixou a magistratura e o Ministério da Justiça, passou a advogar e atuar como consultor para empresas privadasAndre Borges/Esp. Metrópoles

Casado com Rosangela Wolff de Quadros Moro e pai de dois filhos, Moro se filiou ao partido Podemos no dia 10 de novembro de 2021 e se lançou pré-candidato à Presidência da RepúblicaFábio Vieira/Metrópoles

No decorrer da carreira, ganhou inúmeros prêmios no Brasil e no exterior. Um deles foi o da revista Time, que o considerou uma das cem pessoas mais influentes do mundo. A Bloomberg o considerou o 10º líder mais influente do planeta e, em 2019, o jornal britânico Financial Times o elegeu uma das 50 pessoas de destaque do mundo. Sergio foi o único brasileiro a ser mencionadoFábio Vieira/Metrópoles

Apesar da notoriedade, o ex-juiz também carrega uma série de controvérsias: divulgação de dados sigilosos durante a condução da Lava Jato, acusações de desvios de conduta, envolvimentos políticos, contratação pela empresa Alvarez & Marsal (que presta consultoria a empresas envolvidas na Lava Jato) e acusações de corrupçãoRafaela Felicciano/Metrópoles
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