Se o ano de 2021 trouxe uma entrada record de investimentos para estrangeiros bolsa de valores brasileira2022 pode ser ainda melhor, segundo especialistas consultados pelo CNN Brasil Negócios.
Dados da B3empresa por gerenciar uma bolsa de valores, mostra que, entre e 30 de março de estrangeiros foi responsável, o saldo de janeiro positivo, de R$ 92 — o equivalente a 90% do valor total de 2021, quando foi de cerca de R$ 102 bilhões.
A quantidade fica bem à frente dos anos anteriores, reforçando um processo de retorno do capital estrangeiro para o Brasil após um distanciamento a partir de 2015, com uma crise econômica.
Causas
Pedro Albuquer, CEO da plataforma de dados de mercado Economatica, afirma que a entrada de investimentos estrangeiros em 2022 não se resume à bolsa de valores ou à renda variável, mas sim a todo o mercado, incluindo a chamada renda fixa.
Para ele, como as principais causas ligadas a esse fluxo, em especial a bolsa de valor2, já existiam em 2022, o que explica ainda mais força para o registro em 2022.
A de maior peso é uma forte valorização das commoditiesque começou a subir ano passado ao descompasso entre oferta e demanda a economia mundial após os fechamentos com pandemia.
Já neste ano os mesmos produtores, em patamares iguais, subindo ainda mais guerra entre Ucrânia e Rússiapelos países são grandes produtores de uma série especialmente de commodities, caso do petróleo e do trigo.
Nesse cenário de alta, os investidores de mercado com forte peso de commodities, e o Brasil, em que as empresas produtoras de commodities correspondem a cerca de 30% do mercado Ibovespaé “um dos países mais lógicos para se investir”.
Fernando Ferreira, estrategista chefe e chefe de pesquisa da XP, também citou como fator uma fuga de capital estrangeiro de uma série de mercados estrangeiros, um movimento que já começou em 2021 e ganhou força em 2022.
“O Brasil aparece muito bem versus outros grandes países emergentes no relativo. Não é necessariamente que os investidores estão otimistas com o Brasil em si, mas todos os problemas emergentes, e alguns maiores que são”, diz.
Ele cita o caso da China, que não sejam políticos de investimentos devidos à governança corporativa, setor imobiliário e efeitos da “Covid zero”. São causas semelhantes à saída de capital em Hong Kong, e Taiwan também tem investidores perdidos devido às questões com a China.
Ainda na Ásia, há o caso da Coreia do Sulcuja bolsa é principalmente dependente de empresas de tecnologia, com desempenho pior em um cenário de alta de juros, e também da Índiaum mercado “atrativo, mas caro”.
“Os investidores estão saindo da Ásia, e sem esses cinco grandes mercados, o maior é o Brasil”, avalia Ferreira.
Albuquerque lembrou ainda que outro emergente de peso, um Rússiase fechou para investidores estrangeiros devido às países ocidentaiso Brasil conseguiu parte desse capital.
“O Brasil é um mercado emergente grande. Existem fundos obrigatórios específicos para emergentes, é a estratégia deles, e com problemas na China, Rússia, acabando por potencializar o fluxo para cá”, afirma.
Ferreira priorizados os investidores menos atrativos estrangeiros e oferta de alta oferta que também aponta que o mercado oferece. Dois aspectos e nesse aspecto são os commodities Bancosmuito fortes na bolsa brasileira, o que atrai o capital.
“O exemplo disso é que, das cinco melhores bolsas no mundo hoje em desempenho, quatro estão na América Latina e uma na África. São locais com forte peso de commodities”, afirma.
O economista cita o fato de os ativos na bolsa ainda estão, em geral, baratos. “Se olhar o indicador de preço sobre, a média é 11,5 vezes, está em 8. Os lucros foram obtidos para lucro, muito por essa questão das commodities e isso ainda não se refletiu em preço. A bolsa subiu menos que a revisão de lucro”.
Como última última para o primeiro semestre de 2021, Ferreira diz que o câmbio valorizado, com o real quadro negociado abaixo, também os investidores estrangeiros, que se veja mais e com menos chances de As diferenças por variações bruscas.
Até quando o fluxo vai durar?
Para o CEO da Economatica, como as causas atuais para a entrada de capital estrangeiro na bolsa no Brasil como um todo tender a manter em 2022. Ele aposta que o saldo final não deve superar o de 2021, que já foi registrado.
Um dos motivos para isso, segundo ele, está na visão do mercado em relação às amor neste ano. “Vai ser uma eleição truculenta, disputada, mas mais benigna no lado econômico”, diz.
Ele cita a tendência do ex-presidente de Lula escolher o ex-governador Geraldo Alckmin para compor sua chapao que indica um governo fora dos extremos, e a tendência de que, se o presidente Bolsonaro para reeleito, como reformas já feitas.
“O cenário com qualquer um dos dois seria possivelmente de bolsa em alta, mas também de quem o Lula indique para ministro da Economia. Na margem, [a eleição] é mais positiva do que parecia ser em 2021”, avalia.
Albuquerque afirma que o ciclo de alta de commodities vai acabar em momento, mas que é possível que os investidores estrangeiros não saiam do Brasil quando algo ocorrer devido às boas oportunidades atualmente com ativos ligados ao mercado interno, caso do setor de varejo, cujas “estão muito baratas”.
Ferreira também em um ano de 2022 melhor do que 2021. Um sinal disso, aponta, é o crescimento na participação dos investidores estrangeiros no total investidor na bolsa, que teve forte queda a partir de 2015, mas engatou em uma recuperação.
Até março de 2022, estava na casa dos 53%, sendo que a média histórica é de 55%, o que indica ainda uma margem de crescimento.
Junto a isso, “quando olha esses R$ 90 bilhões, obviamente parece um número muito significativo, mas quando traduz em dólares e compara com o mercado lá fora, ainda é muito pouco”.
“O Brasil já chegou a quase 20% do índice de mercados emergentes no último superciclo de commodities, em 2007. Essa participação vem caindo desde então, principalmente com a entrada da China, principalmente em torno de 4%. Não é que voltará 20%, mas o Brasil realmente tem muito a reparar com relação aos mercados globais”, diz.
A avaliação é que o ciclo atual de busca por commodities e saída dos mercados asiáticos não deve parar tão rápido. Já o grau de impacto das rupturas ao longo dos riscos, protegem “hoje, o estranho não olha como um cenário independente, não vê quem ganha”.
O próprio ciclo de alta de juros nos Estados Unidos pode acabar ajudando a manter o fluxo para o Brasil. Segundo ele, historicamente o início de alta de juros pelo Reserva Federal costuma ocorrer ao mesmo tempo em que a bolsa brasileira tem bom desempenho.
“Acredito que isso ocorre porque a alta de juros lá fora quando commodities e inflação sobem e a economia dos Estados Unidos vai bem, então é um bom cenário para bolsa de mercados cíclicos, como o Brasil”, afirma.
Ele diz, porém, o problema para os mercados que tendem a ocorrer de forma anormal, como no Brasil, que não é o fim do ciclo, os quais tendem a levar à saída de investimentos estrangeiros. esse momento não chegará, o Brasil deve continuar sendo um mercado atrativo para os investidores de outros países.
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Você ainda não sabe tudo do mundo dos investimentos (mas nossas reportagens, isso vai te ajudar)
Faltou muito pouco para você ser um(a) investidor(a) nato(a)!
Barsi que se cuida — parece que temos um(a) grande investidor(a) por aqui!
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