
DEMANDA POR MINÉRIO aumentou de 28% nas ações da Vale ajuda a sustentar uma manutenção de 15% do Ibovespa neste ano. (Crédito: Istock)
O I I retornou ao patamar de 120 mil pontos na semana de março, que a bolsa brasileira segue de pregões internacionais. Para os analistas, o que vem sustentando essa valorização são as ações das empresas de commodities. Esses papéis vêm surfando na onda do aumento de preços devido à alta das cotações internacionais e ao aumento da demanda após o início das hostilidades na Ucrânia. Além disso, papéis de boas qualidades ainda estão baratos quando comparados a seus pares, o que mantém a atratividade da bolsa.
Segundo o analista da Mirae Asset Pedro Galdi, a valorização de 28% nas ações da Vale e de 15% nos papéis da Petrobras sustentam a valorização de 15% do Ibovespa no acumulado do ano. “O peso dessas empresas é alto no índice. E eles subiram por causa dos novos aumentos das mercadorias após o início da guerra”, disse Galdi. No entanto, outros papéis do setor vêm apresentando desempenhos inferiores. Por exemplo, as ações da Gerdau subiram 11% e as da CSN vejam menos 6%, bem que o índice. “Ainda há muitas pechinchas, que devem merecer mais atenção quando a economia se recuperar”, afirmou. “As empresas de proteína animal, que vêm registrando bons lucros e se beneficiam de uma demanda forte, não têm se comportado tão bem assim”, afirmou o especialista.
Para o analista-chefe da Guide Investimentos, Fernando Siqueira, a pandemia mudou os parâmetros para os investimentos. “Empresas e mais aumentos pelo fechamento de juros, com o aumento das taxas de fechamento de juros, com o aumento das taxas de retorno”, afirmou. Segundo a corretora, as empresas de turismo são promissórias. “A CVC, por exemplo, sofreu bastante com o cancelamento de viagens. Mas deve ser recuperar neste ano.” Siqueira afirmou que as commodities estão indo bem de forma geral e isso deve continuar, mas esse cenário já está refletido nas cotações.

“Depois de olhar bancos e mineradoras, os investidores estrangeiros devem começar a observar outros setores, e a caça às pechinchas vai continuar” Pedro Galdi analista de investimentos da Mirae Asset.
OPORTUNIDADES Commodities, aço e proteínas são setores óbvios, até pelo cenário internacional. Porém, também há no varejo, que amarga oportunidades de fechamento de lojas na pandemia. Apesar da economia alta dos juros, a recuperação segue sustentando os papéis como Carrefour, que subiu 42% neste ano, Petz com 17% de alta, e Renner, com 15%. “Na caça às pechinchas como atrativos chamam a atenção do investidor, com entrada de novos recursos como antecipação de 13º salário do funcionário público”, disse Galdi. As ações de bancos também são bons retornos, por serem negociadas e, por isso, interessantes para os investidores estrangeiros. No ano, o Itaú Unibanco subiu 33%, a holding Itaúsa, o Banco do Brasil eo Santander subiram ao redor de 24% e as ações do próprio B3 passaram a 42%. Já a indústria tem reagido mais lentamente. Empresas como Weg e Randon estão trabalhando cerca de 4%.
Há setores a evitar? Quem não deve reagir tão cedo são as incorporadoras. Como vendas de imóveis dependentes do crédito, e alta de juros afeta muito os negócios. Como a educação de educação também é pouco, pois as empresas crescentes exigem investimentos. Equatorial subiu 22%, Taesa avançou 21% e Cemig se valorizou 15%. E as taxas continuam alta, engordando as caixas das companhias. “O capital estrangeiro continua vindo. Depois de continuar a olhar para os bancos e mineradoras, os investidores de fóruns devem começar a observar outros setores, e a caça às pechinchas vai sustentar a alta da B3”, afirmou Galdi.
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