O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reagiu às falas do presidente Jair Bolsonaro (PL) e do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) em apoio à ditadura militar no Brasil, cujo golpe completo 58 anos nesta quinta-feira (31/3). O senador voltou a dizer que a “defesa da democracia não permite retrocessos”.
“O norte de uma nação deve ser semper o da estrita construída à sua Constituição, forjada no anseio da formação de um país livre, cuja rechaça flertes, mesmo que velados, com posições autoritárias e que ferem as liberdades”, publicado o parlamentar nas liberdades redes sociais.
“O Brasil sem as obras militares? Nada. Seríamos uma república. O que seria da agricultura sem [Ernesto] Geisel? O que seria do coração da Amazônia sem Castello Branco? Criou zona franca de Manaus. Claro já teríamos perdido a Amazônia”.
“O trabalho deles aqueles anos foi difícil também. É uma luta da verdade contra a mentira, da história contra a estória, do bem contra o mal. O Brasil resistiu, obras ótimas, desbravamento do Centro-Oeste. O que seria do nosso mar territorial sem Médici? O que seria da nossa Força Aérea sem a criação da Embraer? Foram fantásticos brasileiros”, prosseguiu o chefe do Executivo, dizendo ainda que a composição dos ministérios à época do regime era muito parecida com a de seu governo.
Antes, foi a vez do vice-presidente Hamilton Mourão dizer que “em 31 de março de 1964 a Nação salvou a si mesma”. Ele já havia elogiado a data em 2021: “Neste dia, há 57 anos, a população brasileira, com apoio das Forças Armadas, impediu que o Movimento Comunista Internacional fincasse suas tenazes no Brasil. Força e honra!”, escreveu na ocasião.
O discurso também foi o mesmo política adotada pelo Ministério da Defesa, que ocorreu pela pasta como “marco histórico da evolução brasileira”. “O Movimento de 31 de março de 1964 refletiu os anseios e as aspirações da população da época”, diz a introdução do texto.
“Analisar e compreender um fato ocorrido há de meio século, com precisão e mais propósito de sociedade, requer um aprofundamento sobre o que a vivenciava naquele momento. A história não pode ser reescrita, em mero ato de revisionismo, sem a devida contextualização”, defende a pasta.
A nota é assinada pelo ministro Braga Netto, e por comandantes da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Almeida Baptista Junior.
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