Cerca de 13 mil medicamentos poderão ser reajustados em até 10,89% a partir de amanhã, quinta-feira (31), segundo plano do Sindusfarma (Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos).
O reajuste ainda precisa ser oficializado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), órgão ligado à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mas o procedimento foi feito pelo Sindusfarma com base nos dados do próprio governo. Além disso, os reajustes estão previstos em lei.
Esse reajuste é sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC), que os medicamentos têm anualmente pela Anvisa preço controlado no Brasil. Em 2021, o reajuste máximo autorizado pelo governo foi de 10,08%.
Procurado pelo InfoMoneya Anvisa não confirmou até amanhã o valor do reajuste e se ele entrará em vigor a partir de amanhã.
O Sindusfarma diz que “o reajuste não é automático nem imediato, pois a grande concorrência entre as empresas do setor regula os preços”. “Medicamentos com o mesmo princípio ativo e para a mesma classe terapêutica (doença) e não são oferecidos no país por vários fabricantes de milhares de pontos de venda”.
Reajuste abaixo da inflação
O sindicato, que reúne mais de 500 nacionais e empresas internacionais do setor e detém mais de 95% do mercado de medicamentos do país, diz que o reajuste dos remédios do país tem o direito abaixo desse limite e também das empresas dos últimos medicamentos.
Segundo o Sindusfarma, os preços dos medicamentos subiram em média 3,7% no acumulado de 2020 e 2021, contra uma taxa de 15,03% no período (medida pelo IPCA, o índice oficial dos preços do país). “No mesmo biênio, os alimentos subiram 23,15% e os transportes, 22,28%, de acordo com o IBGE — ou seja, quase 6 vezes mais do que os medicamentos”.
A entidade afirma que o preço dos medicamentos caiu 2,28% em 2020 (contra um IPCA de 4,5%) e subiu 6,17% em 2021 (contra uma inflação geral de 10,06%).
“É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas”, afirmou o presidente-executivo do Sindusfarma, Nelson Mussolini, em comunicado. “Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer”.
Como calcular ou reajustar
Para calcular o reajuste anual dos medicamentos, o governo usa uma fórmula (IPCA – X + Y + Z), que inclui:
- IPCA: índice oficial de inflação do país (o principal fator da fórmula)
- X: produtividade da indústria farmacêutica
- Y: custos de produção não captados pelo IPCA (como tarifas de eletricidade e preços de insumos)
- Z: fator que reduz a redução da produtividade.
Na terça-feira – o governo para o máximo de reajuste dos medicamentos (29) o Sindu, fórmula justa, segundo o fator justo:
- IPCA: 10,54%
- Fator X: 0% (zero)
- Fator Y: 0,35%
- Fator Z: 0% (zero)
- Reajustar: 10,89%
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