Em entrevista à CNN na noite desta terça-feira (29), o economista e analista de macroeconomia da Warren, Carlos Macedo, comentou os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho e Previdência referência à referência à abertura de 328,5 mil vagas de empregos formais no Brasilsegundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Enjaulado).
O especialista destacado o cenário positivo, mas pondera que o país é de desaceleração na contratação de trabalhadores nos próximos meses.
“A fotografia atual é bem positiva, foi melhor otimista dos economistas. Mas, olhando, adiante, em função da redução da atividade de confiança e do aumento de serviços em função da tentativa do Banco Central de controle de ajuste, a gente espera uma contratação nos próximos meses”, explica Macedo.
O número divulgado nesta terça-feira (29) é resultado de 2.013.143 contratações e 1.684.636 demissões. Apesar de ser o melhor resultado mensal desde setembro de 2021, o saldo é de 17,3% menor que o registrado em fevereiro do ano passado.
“Se a gente olhar os últimos 12 meses, a gente contratou 2,6 milhões de novos empregados formais, um número bem razoável. Se a gente considera também o número de estoque, o total de trabalhadores formais na economia brasileira, já ultrapassou o período pré-crise, que era de 38 milhões e agora é de 41 milhões”, disse.
“Mas olhando para os próximos 12 meses o que a gente projeta é uma contratação de 1,2 milhões, um pouco bem menor, mas ainda um número bem menor”, afirma Macedo.
Desafios para o crescimento na criação de vagas
À CNN, o especialista explicativo são os principais desafios no país, e cada setor da vagas.
“Quando a gente olha pro setor da indústria tem uma grande ausência de matéria-prima, não adianta contratar se não tem matéria-prima, necessário para produzir, esse é o grande entrave olhando para o setor industrial”, disse.
Ele acrescenta no setor de varejo o principal entrave é a inflação, “quando a inflação mais alta vai ao supermercado, vêm os preços elevados e voltam com menos produtos. Então, naturalmente, com menor nível de vendas no setor de varejo os menoss e atacadistas acabam contratando”.
Por outro lado, Carlos Macedo destaca que o setor de serviços apresenta alta, devido à reabertura da economia nas principais cidades do Brasil.
“As principais entradas também estão na cadeira produtiva global – em função da pandemia e mais recentemente com conflito geopolítico – e na inflação um pouco mais alta que o Banco Central tem que subir os juros para controlar e normalizar”, concluiu.
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