Com a guerra entre Ucrânia e Rússia completando um dos efeitos do conflito para a economia é o impacto na visão sobre a globalização, gerando questionamentos sobre os riscos que esse mês trouxe, segundo Gabriella Dorhliac, diretora-executiva da Câmara Internacional de Comércio (ICC) no Brasil.
Em entrevista à CNN nesta quinta-feira (24), ela afirma que a guerra não necessariamente representa um retrocesso da globalização, mas sim uma empresa “reflexão dos riscos de uma globalização 100%, e como, setor privado, pode, criar alternativas, resiliência na globalização de cadeia cadeia que protege o seu negócio.
“Às vezes a concentração em um país como fornecedor é tão grande que qualquer problema tem um impacto global, vira uma onda, quase tsunami. Os países e empresas têm refletido sobre como minimizar esses impactos”, afirma.
Uma alternativa que tem ganho força é a chamada regionalização de cadeias, que são trazidas para os próximos locais de grandes compradores.
Para Dorhliac, esse fenômeno é uma “oportunidade grande” para o Brasil, que pode tornar-se fornecedor de uma série de novos produtos, como fertilizantesaproveitando janelas que se abrem.
Segundo ela, “o xadrez geopolítico está sendo repensado em termos de quem produz o que, os riscos nas regiões e como pode criar uma nova rede de fornecedores, o que não é fácil, simples, e pode levar anos, mas é um reposicionamento. Repensar como globalização, de forma um pouco mais resiliente e menos vulnerável a crises de grande escala como a seguida da guerra”.
Estas estão ligadas, por exemplo, à díspares de preços de uma série de artigos commoditiescomo o e o trigo, que são serviços pela petróleo Rússia e pela Ucrânia.
“Nós mostramos um aumento grande no de commodities, petróleo, trigo, fertilizantes, que geram um impacto muito relevante ao redor do globo, por uma incerteza e instabilidade que qualquer conflito, e pode ter impacto em como os investidores alocam ou dinheiro , o quão conservadores vão ser”, diz um especialista.
A Rússia, por exemplo, fornece 10% da energia do mundo, entre o petróleo e o envolvimento no conflito gera uma pressão em outros produtos além das commodities devido ao encarecimento do petróleo.
Dorhliac afirma ainda que “esse impacto inflacionárioseja nos alimentos de alimentos ou alimentos, acaba impactando a maneira de casas de menor renda, porque eles são muito mais proporcionalmente em e gás, outros tipos de alimentos, que as casas de renda são muito mais proporcionais”.
O cenário inflacionário já era ruim devido às consequências da pandemiae com a guerra deve gerar “vários meses de incerteza pela frente”.
*Sob supervisão de Ludmila Candal
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