Um fenômeno bastante raro ocorreu na segunda-feira (21): última durante a noite, a chamada “chuva de virginídeos”, que dura entre fevereiro e abril, viu um meteoro passar pelo céu do Rio Grande do Sul (RS) e explodiu duas vezes, uma sequência da outra – algo difícil de acontecer (menos ainda de se observar), segundos especialistas.
Os virginídeos são assim chamados pelo fato das radiantes desses meteoros localizados na constelação de Virgem (Virgem). Em condições normais, essas chuvas têm seu pico em 7 de abril, com os chamados theta virginídeosque têm suas radiantes ligadas à estrela Theta Virginis, localizada a mais ou menos 320 anos-luz do Sol. Nos dias subsequentes, também ocorrem os alfa virginídeos e gama virginideos.
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Segundo Carlos Jung, que lidera o Observatório Espacial Heller & Jung, “neste ano, foi o primeiro meteoro que teve duas explosões em sequência. Em 2021, foram mais de 18 mil meteoros registrados pelo Observatório, mas apenas dois casos assim”.
“Apesar de não serem incomuns, nestes registros, a ocorrência é bem menor considerando o número total de observações”, ele continuous. “Meteoros que ao final explodem são chamados de ‘bólidos’. Normalmente, isso se dá quando [eles] No final da entrada na atmosfera estão explodindo devido aos seus corpos não explodirem a pressão. A ocorrência de duas ou mais se deve vezes ao tamanho – ou massa – que possuem. A maioria explode apenas uma vez”.
Um “bola fogo” é um tipo de meteoro excepcionalmente brilhante, cuja apresentação de luz é tão intensa que permite a sua visualização por uma ampla área de cobertura. Não é o caso dos virginídeos, mas corpos do tipo, se tingissem a superfície da Terrapodem ter a capacidade de formação de craterassegundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL-Caltech) da NASA.
Jung ressalta que o tipo não pode ocorrer em fragmentos do corpo celeste chegando à superfície da Terra:
“Os fragmentos que chegam a atingir o solo – denominados ‘meteoritos’ – dependem muito do tamanho do corpo e da altitude de quando seu brilho foi visto”, comentada o especial. “Por exemplo, quando um grande meteoro chega a ter brilho em altitudes de 30 km ou menos, já se infere que posso recomeçar fragmentos. As explosões de meteoros muitas vezes maiores de se encontrar fragmentos maiores. Elas é uma fragmentação maior ea ampla sobre área determinada”.
De acordo com Jung, o meteoro do RS teve magnitude -4,3, com duração bem curta – 2,4 segundos contando com as duas explosões – antes de se extinguir completo em nossa atmosfera, a uma altitude de 93,2 km. Sua “morte” se deu um pouco mais para baixo, a 53 km.
Especialistas apontam magnitude -4 têm como referência os meteoros a cada 20 horas médias, mas nem todas as horas observáveis.
Os meteoros, normalmente, não costumam explodir duas vezes, e são mais facilmente observados em áreas rurais, devido à ausência de edifícios altos e um céu comumente mais limpo, o que facilita a identificação desses objetos. Entretanto, essa época do ano se mostra mais difícil para essa atividade, considerando que a Lua fica do horizonte terrestre, e seu brilho acima acaba deuscando a maioria dos objetos, salvo pelos mais brilhantes.
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