Plano do governo barateia investimento em biometano em até 10%, diz Urca

Pingo de combustível em posto no Brasil

Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) – O benefício tributário no concessão ao setor do biometano plano lançado pelo governo federal nesta segunda-feira tem potencial para bar até 10% dos investimentos em novas plantas, segundo estimativa da Urca Energia, a maior produtora nacional do insumo .

Uma das medidas anunciadas nesta feira foi a inclusão do biometano no Regime Especial de Incentivos para o Desenvolvimento em Infraestrutura da Cobrança de PIS/Cofins para aquisição de máquinas, construção de equipamentos, materiais e outros.

“Nosso Capex (investimento) é muito alto, todo dolarizado ou em euro, a inclusão no Reidi acelera investimentos no setor… esperamos ter uma redução de 5% a 10% do Capex nas plantas de biometano”, disse à Reuters Marcel Jorand, diretor -executivo da Urca Energia, que detém projetos de biometano operacional e em desenvolvimento no Rio de Janeiro.

O plano do governo promove a construção de novos produtores renováveis, que pode ser utilizado na indústria ou nos transportes, em substituição de gás, diesel e outros derivados ao petróleo.

Para Jor e outros segmentos anunciados, que já vem com mais segurança aos investidores do segmento de energia, já vem impulsionando a regulamentação dos setores de gás, saneamento e geração distribuída de energia.

O biomam é produto do tratamento e purificação do biogás que, por sua vez, provém da decomposição por rejeitos orgânicos da indústria sucroalcooleira (bagaço de cana, vinhaça), da agropecuária, da indústria de alimentos e do setor de saneamento (esgoto e lixo urbano) ).

A Urca, que utiliza resíduos sanitários para produção de biometano, está investindo 1,2 bilhão de reais no aumento de sua produção em Seropédica (RJ), dos atuais 120 mil m³ por dia para 200 mil m³, e na construção de plantas em Nova Iguaçu (RJ) e São Gonçalo (RJ). Até o fim de 2023, uma previsão é atingir uma produção de 400 mil m³ por dia.

“Começamos aterros, por uma demanda e uma próxima oferta (pelo bioetano), mas vamos começar em breve a grandes centros para locais mais próximos”, disse o executivo da empresa.

PLANO DO GOVERNO

O projeto assinado nesta feira também prevê incentivo ao mercado de crédito de metano, e a promoção da implantação de biodigestores e sistemas de purificação de biogás e produção e revisão de segunda de biometano, além do fomento a pesquisas científicas-teclógicas.

“O aproveitamento econômico econômico do biometano será fundamental para aumentar a segurança e promover a interiorização do gás, da energia limpa para a nossa localidade”, disse o Planalto, em comunicado.

Em evento nesta segunda-feira, membros do governo afirmam que o potencial do biometano no país é equivalente a um “pré-sal” de gás, ou quatro vezes a capacidade de escoamento do gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol).

Segundo a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), o Brasil tem potencial para produzir até 120 milhões de metros cúbicos por dia, o que equivale a 70% da demanda nacional de diesel.

Ainda acordado com uma entidade, o setor de investimentos prevê cerca de 7 bilhões de reais nos próximos cinco anos em plantas de biogás. Com isso, o volume de produção atual, de 400 mil metros cúbicos/dia em dez usinas, deve subir para 2,3 milhões em 2027, gerado em 25 empreendimentos.

O incentivo à produção e ao uso de biometano no Brasil, por meio do novo plano, deve fornecer uma substituição de quase 1 bilhão de litros de diesel até 2027, estimado pelo Ministério de Minas e Energia.

Esse volume é equivalente, por exemplo, a cerca de um quarto do que o Brasil consumiu de diesel em janeiro ano.

EMISSÕES

O incentivo ao bioetano também vai ao encontro dos compromissos assumidos pelo Brasil durante a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP26), disse o governo, destacando o governo do Metano.

O documento, assinado pelo Brasil e mais de cem países, prevê um esforço para reduzir em 30% global como proteção de metano até 2020. “Trata-se de uma grande oportunidade para o Brasil, no contexto de uma nova economia verde global”, disse o Planalto.

(Por Letícia Fucuchima)

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