
Foto de arquivo de 4 de novembro de 2021 da refinaria da Petrobras em Presidente Bernardes – AFP/Arquivos
Os preços do petróleo e grãos pela América Latina dispararam à primeira guerra na Ucrânia, mas tem um outro lado: a volta da inflação galopante, dos alimentos e do combustível em disparada.
O FMI alertou: a invasão russa da Ucrânia provoca uma onda de choque que desencadeia o custo dos alimentos e da energia, com impactos “substanciais em alguns casos”.
O choque é generalizado em uma região que tem uma taxa de inflação média anual de 8% com extremos de mais de 50% na Argentina, mais de 10% em alta no Brasil, e hiperinflação endêmica na Venezuela.
Algumas nações latino-americanas são importadoras líquidas de petróleo, de modo que o forte aumento dos produtos energéticos – ou petróleo atingiu seu máximo histórico de 147,5 dólares ou barril há 10 dias – prejudica suas finanças.
Outros, cesta a Colômbia, cuja principal exportação é o petróleo, ou México, cuja carne de petróleo aumentou o preço, tentando compensar os preços dos alimentos com extras de ouro negro.
No entanto, nenhum país será uma salva do flagelo inflacionário que veio com a guerra.
– Incerteza no agro –
A Rússia na balança comercial latino-americana é pequena: Moscou importa 3,18% do que consome e exporta 1,48% para essa parte do mundo, segundo o Banco Mundial (BM). Mas tanto a Rússia como os exportadores de petróleo e a Ucrânia são grandes, os exportadores de petróleo e a Ucrânia, dois produtos que subiram por tempestuosos de comparação com os russos quanto a guerra e a concorrência ao comércio.
O analista da empresa brasileira SAFRAS & Luis Fernando Gutierrez Roque ilustra os dois lados da moeda.
“O conflito tende a reduzir as exportações de milho e trigo dos dois (Rússia e Ucrânia), o que favorece outros grandes produtores e exportadores, como o Brasil”, diz.
Mas a Rússia é o principal fornecedor de fertilizantes para o Brasil, que depende desse insumo para garantir sua produção.
“Não garantia na questão do transporte marítimo de mercadorias”, gravemente perturbado pela guerra, “nem no fornecimento de fertilizantes”, explicou à AFP Cesário dos Ramalho, presidente da Associação Brasileira Produtores de Milho (Abramilho).
A preocupação é focada na Argentina, maior produtor mundial de soja, assim como em outros países agrícolas da região, como Uruguai e Paraguai, e até mesmo no Equador, que exporta 21% de sua produção de banana tradicional para a Rússia.
Relatório da Bolsa de Valores de Rosário destacou a “influência russa” nos Preços que são fertilizantes, já é o principal fornecedor, com cerca de 35 milhões de toneladas por ano.
– Energia –
O aumento significativo do petróleo atingiu quase todos os países, incluindo alguns produtores que devem produzir resultados.
“O aumento do preço de nossas exportações primárias pode ser um fator positivo, embora o menor da economia mundial venha a criar uma conspiração ou o restante de nossas vendas ao exterior, e teremos que crescer uma fatura volumosa de decisão de energia”, exemplifica o economista Víctor Beker, da Universidade de Belgrano, na Argentina.
O Brasil, Gutierrez Roque, sofrerá como outros “principais efeitos” da guerra, que “explicaria o aumento da guerra, o aumento dos resultados, os efeitos primários e os efeitos agrícolas”.
De fato, há 10 dias, a Petrobras anunciou aumentos na gasolina e no diesel de 18,8% e 24,9%, respectivamente, “como resultado da guerra entre Rússia e Ucrânia”.
No Paraguai, o aumento dos preços dos combustíveis foi ainda maior: 70% do início do conflito.
No México, o governo espera usar o superávit da alta do petróleo para subsidiar combustíveis e conter a inflação de 7,07% em 12 meses em janeiro
O mix mexicano de petróleo bruto saltou para quase US$ 120 o barril em comparação com os US$ 55 previstos no orçamento de 2022.
“No entanto, o México é um grande importador de petróleo, que supera o volume de gasolina de exportações de petróleo, então o efeito líquido para finanças como país acabaria sendo negativo”, alertou Benito Berber, economista-chefe para América Latina do NATIXIS .
“O custo para o consumidor mexicano será o da gasolina, mais alta” por meio de alimentos e também “volatilidade financeira que já impacta o valor do peso”, acrescentou.
A Colômbia, a quarta maior economia regional, é “um dos poucos países que teve algum impacto positivo deste conflito”, observe Luis Fernandojía, diretor do think tank Fedesarrollo, referindo-se aos preços do petróleo, que representam 40% das exportações colombianas .
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