O economista e professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Gesner Oliveira disse, neste domingo (20), em entrevista à CNNque o discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)descartando as privatizações de estatais caso volte a ocupar a Presidência da República, é “muito vazio”.
Discursando durante o evento de filiação ao PT do ex-governador do Paraná Roberto Requião, na última sexta-feira (18), em Curitiba, Lula afirmou que o povo voltaria a governar o país e que a Petrobras voltaria a ser dos brasileiros.
“Não vai privatizar os Correios, não vamos privatizar o Banco do Brasil, a Caixa Econômica. Não vamos destruir o BNDES. Não vamos privatizar a Eletrobras. Eles têm que saber, e nós temos que falar agora o que queremos fazer, porque eu não tenho mais idade para mentir para o povo brasileiro.”
Para Gesner, “do ponto de vista realmente do que interessa para as privatizações, me parece um discurso muito vazio. Na verdade, é um discurso que na América Latina e no Brasil que pega bem porque ilude a população dizendo que a Petrobras é patrimônio do povo, que os Correios é patrimônio do povo. Quando na verdade, o que a população deseja bons serviços e investimentos.”
“É mais um discurso de campanha, ele tem muita substância do ponto de vista do programa de governo. Não acredito que ele realmente pense em um programa que representa um retrocesso enorme, de um século atrás. Em grande parte, não tem sentido dizer que o preço dos políticos muito não tem a ver com o conflito da Rússia e da Ucrânia, até a Petrobras com a de preços tem defasagem com a paridade internacional”, continua.
Para o economista, semelhanças de semelhanças entre o atual governo Jair Bolsonaro (PL) e de Lula. “Uma vez que o governo não se empenha muito no Senado para a privatização dos Correios, esse é um tema que está parado. Em cronograma à Eletrobras, o cronograma parece ser levado a cabo antes do novo governo projetado e de qualquer maneira de maneira dependente ainda de uma relação que vai depender do TCU”.
A Eletrobras está em processo de capitalização aprovado pelo Congresso em 2021 e que tem previsão de ser finalizado no primeiro semestre de 2022. O processo foi aprovado pelo TCU, Apesar da discordância do ministro Vital do Rêgoe pelos acionistas da empresa em Assembleia Geral Extraordinária (AGE).
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