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Após a derrota para o Palmeiras na última quinta-feira, o técnico Vítor Pereira participou de entrevista coletiva. Entre os diversos assuntos abordados, o português esclareceu suas intenções de trabalho, falou sobre uma possível mudança no time na próxima partida, e avaliou o peso dos insucessos nos clássicos.
“Nós trabalhamos diariamente para termos bola, para criarmos linha de passe, termos mobilidade com bola, reagirmos, sermos agressivos quando não temos e essa tem que ser sempre a intenção. Eu ouço falar, e muito, chegamos há duas semanas e, naturalmente, as pessoas podem pensar que é possível transformar uma equipe em duas semanas. De fato, contra a Ponte Preta fizemos um bom jogo, mas não estava esperando um domínio completo. O que eu disse foi que, a intenção terá sempre que ser ter a bola, reagir a perda de bola, pressionar. Essa tem que ser sempre a intenção da equipe, agora, às vezes vamos conseguir com mais qualidade e outras vezes teremos que fazer correções, no sentido de crescermos nesse tipo de situação”, declarou.
“Eu nunca disse, como ouvi dizer por ai, que íamos chegar aqui e dominar o Palmeiras, não íamos deixar o Palmeiras jogar. Eu nunca disse nada disso, nem nunca vou dizer. Vou dizer o que é nossa intenção. Temos que evoluir, foi uma dificuldade maior, mas são duas semanas de trabalho contra um time que tem dois anos de trabalho com um mesmo treinador. Temos que ter os pés no chão e perceber bem as circunstâncias das equipes“, completou.
Acerca da partida deste domingo, diante do Novorizontino, o treinador disse que irá avaliar o estado dos jogadores, mas não descartou mudanças. Vale lembrar que as equipes se enfrentam às 16h, no estádio Jorjão, pela última rodada do Paulistão.
“Sobre o próximo jogo, vou avaliar o estado dos jogadores e, provavelmente, terei que fazer algumas alterações para que a gente jogue num bom nível“, projetou.
Depois, Vítor Pereira respondeu sobre as expectativas criadas em cima dos clássicos. O Timão, em retrospecto, saiu derrotado nos três da primeira fase do estadual. No entanto, o português só participou dos dois últimos, Majestoso e Dérbi. A distância entre o jogo com o São Paulo, marcado pela estreia do português, até o duelo com a equipe da Barra Funda foi de apenas 12 dias.
“Eu vou ter que relembrar que jogamos o clássico com São Paulo com três dias de treino e eu não sou mágico, mas acredito no trabalho. Não posso fazer assim, num passe de mágica, e fazer eles jogarem como eu quero. Depois, a gente precisa consolidar o processo de jogo, tivemos dois clássicos em duas semanas, duas semanas e meia. Não fui muito feliz no calendário“, disse o comandante alvinegro.
“Agora, foi como foi, não queremos comparar um trabalho de dois anos lá no palmeiras com Abel contra o nosso que tem duas semanas. São incomparáveis. Em duas semanas é impossível preparar uma equipe para jogar um nível alto, muito alto. Precisa ter pés no chão, não crio as expectativas, são vocês, nós fomos bem contra a Ponte, mas não falei que seria possível chegar aqui e jogar com o mesmo nível. As pessoas criam expectativas e nós não correspondemos em duas semanas de trabalho, mas acreditamos no trabalho e não em mágica”, finalizou.
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