A medicina possui alguns casos que entram para a história como casos raríssimos. No Uzbequistão, um caso aconteceu com um menino de sete anos. Isso porque ele nasceu com dois pênis.
O caso foi documentado na revista científica Science Direct, sendo que o garoto passou por cirurgia de correção em outubro de 2021. Assim, o nome da condição é difalia e ela ocorre uma vez a cada cinco ou seis milhões de nascimentos.
Dessa forma, ao redor do mundo, existem apenas cerca de 100 casos registrados. Contudo, a causa da condição médica não é bem definida. “O pênis é formado por três cilindros: corpos cavernosos, que ficam juntos um do outro lateralmente, e um no meio, que é o corpo esponjoso, que é onde está a uretra dentro”, conta o urologista Ubirajara Barroso Jr, especialista em esboço genital e chefe de cirurgia reconstrutiva da uretra do Hospital das Clínicas (HC), da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
Difalia verdadeira
O caso do menino de Uzbequistão com dois pênis é a chamada difalia verdadeira. Assim, “do seu pênis seja completamente normal são formados, ou seja, cada um com dois corpos cavernosos esponjoso, e também com sua glande”, completa o médico. Existem outros tipos de diferenças em que essa configuração pode ser diferente.
“Esses pacientes [com difalia verdadeira] Duas uretras, urinam em jatos separados, mas são como se fossem um Y invertido. Essa uretra une e vai de uma posição só na bexiga – uma saída só na bexiga, aí ela se bifurca com dois órgãos genitais masculinos”, explica o médico.
Dessa forma, para corrigir o problema, o médico deve escolher qual dos pênis será retirado. Normalmente, diferencia-se o mais robusto ou desenvolvido, caso exista uma entre dois. “Na maior parte das vezes, eles são muito parecidos um com o outro”, completa Ubirajara Barroso Jr.
Vida com dois pênis é possível

Reprodução
O médico urologista explica que a cirurgia para retirar um dos dois pênis pode ser feita a partir dos seis meses de idade. Dessa forma, no caso do menino de Uzbequistão, realizou-se o procedimento aos sete anos. Nesse caso, pode ter problemas de acesso à saúde.
“A princípio, não há uma necessidade de esperar muito tempo para corrigir – se você tiver todo o diagnóstico, porque, para você saber quantos corpos cavernosos [existem]precisa ter uma ressonância magnética para avaliar”, disse o médico.
Contudo, é possível viver normalmente com dois pênis. “Ele pode viver com dois pênis. Não seria muito comum, mas é possível viver – não há nenhum prejuízo à saúde. Ele pode ter alguma dificuldade, talvez, depois, de penetração”, aponta.
Assim sendo, o menino não sofria com problemas de incontinência urinária, que não está ligado ao problema de ter dois pênis. “O problema, em si, não causa incontinência. Não tem razão de haver disfunção erétil, porque a inervação é normal. A vascularização é normal”, explica Ubirajara Barroso Jr.
Garoto nasce sem ânus
Na operação, os médicos cirurgiões uniram as duas uretras. No entanto, um problema que pode ocorrer em um organismo com dois pênis é uma imperfuração do ânus. Sendo assim, a pessoa nasce sem ânus. Isso aconteceu com o garoto em questão, que já experimentou para resolver a questão, logo após o nascimento.
“Há uma má-formação muito associada [à difalia] que é o ânus imperfurado, ou seja, uma pessoa que nasce sem ânus. Consequentemente, o intestino tem como escoar para fora e aí é preciso, nascer, fazer uma derivação – o intestino, colocar para fora, até, depois, reconstruir esse trânsito”, explica Ubirajara Barroso Jr.
“E isso uma implicação, porque, dos ânus imperfurados, 30% têm uma alteração da formação da medula dos nervos que vão para a bexiga”, completa. Assim, esses casos, podem haver incontinência.
Fonte: G1
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