Os últimos seis meses não foram fáceis para o Brasil. Há um semestre com a inflação acumulada acima de 10%segundo apontam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a sofre com os efeitos da pandemia sobre os preços, uma crise hídrica, que encareceu como contas de luz, e agora a guerra entre Rússia e Ucrânia, que incide diretamente sobre o custo do petróleo (e, consequentemente, a gasolina). Neste cenário de preços, é mais arriscado elétrico, então, ter um carro a gasolina, a aumento constante?
Em 2022, aposto na gasolina é um grande risco. Isso é definido pelo preço do combustível no Brasil, pela Petrobras, tornado-se volátil desde2016, quando foi definido o preço de paridade por definição (PPI) pelo governo de Michel Temer (MDB). Isso significa que qualquer mudança na cotação do dólar — moeda à qual a Petrobras atrela o valor do combustível — tem impacto imediato na economia do país.
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No momento, o Brasil enfrenta o pior dos cenários: o barril do está caro (R$ 565,15) e a moeda americana se encontra nas alturas, acima de R$ 5. Com efeito, a gasolina sofre um aumento de 18,8%, chegando a mais de R$ 8 em algumas cidades do Brasil no último fim de semana.
Vale lembrar que o segundo maior produtor e exportador do mundo. Desde 24 de fevereiro, o país eurasiático lançamento uma operação militar contra a Ucrânia — ato reprovado pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
E o etanol?
Alguns leitores podem vaticinar: com a gasolina cara, é hora de migrar para o álcool. Mais ou menos. Embora não seja associado ao petróleo, em geral, o preço da cana de açúcar acompanha os aumentos da gasolina. Esta é uma forma, de acordo com os especialistas, de que seja possível manter os estoques. “Se o etanol for muito mais pessoal do que usar a gasolina, como não terá para todo o trabalho da rede da Ticket Log, ao UOL.
O preço do etanol tem a ver com a valorização do açúcar também. Em 20 anos, por exemplo, problemas climáticos e sobreviveram1, por exemplo, produção da safra reduziram a expectativa brasileira de produção em 85 milhões de toneladas, isto é, de 605 no ano anterior para 520. , segundo a Unica (União da Indústria de Cana de Açúcar).
Há problemas operacionais também. O etanol, em média, tem 70% do poder calorífico da gasolina. Isso significa que o fabricante precisa mais do derivado da cana de açúcar para rodar a mesma distância que com o derivado do petróleo. Nesse sentido, o fato de o preço do etanol ser inferior ao da gasolina pode ser meramente uma vantagem artificial.

Elétricos são boa alternativa (mas caros demais)
Em termos de economia, no entanto, não há como negar: elétricos são até quatro vezes mais eficientes do que modelos a gasolina ou etanol. O Olhar Digital já até debateu a questão: os 40 carros mais eficientes do Brasil, atualmente, são elétricos ou híbridos, segundo informações do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).
Mas se ao mesmo tempo a eletricidade fornece um melhor consumo em longo prazo, a crise hírica, que infere diretamente na inflação, contribui para um cenário de incertezas na energia elétrica. No passado, a tarifa de energia subiu demais, porque a falta de chuva — 2021 foi o ano mais seco dos últimos 91 anos — o volume de água nas hidrelétricas.
Os carros elétricos também possuem um preço muito maior do que aqueles produzidos a etanol ou gasolina. Para uma ideia, o E-JS1-se, JAC a ter baterias de fosfato, nomeadamente o modelo em conta no Brasil mais de R$ 5 mil, segundo a tabela da Fipe (Função Instituto de Pesquisas Econômicas) de março deste ano.
“A venda de veículo elétrico no Brasil é de 0,3%, não é nem 0,5%”, explica Cássio Pagliarini, analista da Bright Consulting. “Esses já são carros para milionários. São carros para 500, 600 mil pessoas.”
Diante desse cenário, faz sentido ter um carro elétrico? Ao menos longo em prazo, sim. O aumento da infraestrutura para melhorias elétricas paulatinamente no país e o investimento limpo em usinas de energias indica boas perspectivas.
A Volvo, por exemplo, anunciou no fim do ano passado que vai instalar uma rede de recarga rápida por 3.250 km de estradas no Brasil. Em 2021, o mercado livre de energia bateu também recorde com mais de 3 gigawatts instalados e 75% das usinas implantadas sendo eólicas ou fotovoltaicas, segundas informações do Ministério de Minas e Energia.
Crédito da imagem principal: Chai UM-IM/Shutterstock
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