Em uma situação inédita no setor aeroespacial, a agência espacial russa (Roscosmos) está se recusando a realizar o lançamento de 36 satélites para a empresa OneWeb, a não ser que suas exigências foram atendidas.
O lançamento programado para esta sexta-feira (4), partindo do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo de um foguete Soyuz-2.1b. As espaçonaves são parte de uma constelação para acesso à internet em banda larga via satélite que a OneWeb está determinada, e que já conta com 428 dos satélites programados em 648 satélites.
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Mas os russos surpreenderam o mundo nesta quarta-feira (2) com duas exigências: além de uma garantia de que os satélites não serão usados para barbatanas militaresa Roscosmos quer que o governo inglês se desfaça da participação que tem na OneWeb, resultado de um resgate à empresa quando ela declaração de falência em 2020.
Se estas demandas não foram atendidas como 15 desta sexta-feira (4), o foguete será removido da plataforma de lançamento. E considerando sua natureza súbita, é seguro dizer que o lançamento está, na prática, cancelamento.
Segundo Kwasi Kwarteng, Secretário de Estado para Negócios, Energia e Estratégia Industrial para o Reino Unido, e também membro do parlamento do país, “Não há negociação na OneWeb: o governo do Reino Unido não irá vender sua participação. Estamos em contato com outros acionistas para disputar os próximos passos”, disse via Twitter.
Vale lembrar que este não seria o primeiro lançamento para a OneWeb feito pelos russos. Na verdade seria o 13º, sempre com um foguete Soyuz-2.1b / Fregat-M. E em todas as ocasiões nunca anteriores, a Roscosmos se incomodou com os usos em potencial para os satélites ou participação do governo na.
Ou, seja o episódio todo é uma represália às vezes que a Rússia, e por extensão seu programa espacialestá recebendo após o país iniciar uma campanha militar e invadir a Ucrânia, no dia 24.
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Recentemente o país anunciou a retirada de sua equipe que trabalha para a Agência Espacial Europeia (ESA) e outros clientes em lançamentos comerciais a partir de Kourou, na Guiana Francesa. Com isso, o lançamento de outro foguete Soyuz com dois satélites para o sistema europeu de navegação Galileo, programado para 6 de abril, foi cancelado.
A agência espacial norte-americana (Nasa) e a ESA enfrentam outro dilema: há mais de 20 anos elas são parceiros da Roscosmos na construção e operação da Estação Espacial Internacional (ISS), o laboratório foi projetado de forma que o “lado americano” teria dificuldade de funcionar sem o “lado russo”, e vice-versa. Por enquanto, a Nas afirmativas em tudo o que é correto, sem manutenção para uma operação tranquila.
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