Um Mavrig (MRFG3) indicou sua chapa para o conselho de administração da BRF (BRFS3). Marcos Molina, fundador da Marfrig, empresa que tem 33,25% do capital da BRF, foi indicado como Presidente.
Entre os demais membros, estão Sergio Rial, ex-CEO do Santander Brasil e atual Chairman do banco, e outros oito conselheiros com diferentes perfis que chegam com a Missão de dar um norte A primeira BRF.
“Existe uma boa-vontade com essa chapa”, diz um acionista relacionado da BRF. “A empresa precisa de um comando capaz de correr risco, dar os incentivos corretos aos executivos e colocar todo o mundo num caminho de geração de valor.”
Os demais acionistas relacionados da BRF são os fundos de pensão Previ, que tem hoje 6,13% do capital, e Petros, com 5,26%, além da gestora Kapita, que tem 5,34% de participação.
Uma das principais empresas de alimentos do mundo, a BRF sofre alguns trimestres com resultados de vehicles a medianos. Desde junho de 2021, a ação caiu quase 40%. Seu balanço do 4to será divulgado hoje depois do fechamento do mercado.
BRF tem valor intrínseco apoiado em suas marcas fortes, mas está em meio um cenário de fundamentos ruínas e um plano incerto de negócios, CV Leonardo Alencar, chefe de agro, alimentos e bebidas na área de pesquisa da XP.
O cenário ruim deve principalmente aos maiores custos com o dos preços do milho e da soja, usado nas rações dos animais, e à espera de demanda fraca no Brasil. “A empresa não está totalmente preparada para enfrentar esses desafios setoriais”, diz Alencar.
Analistas executivos e setores veem como o cenário mais provável de uma fusão entre BRF e Marfrig, uma operação que traz riscos, mas pode ser possível como empresas.
Na opinião dos analistas do Santander, uma proposta pode levar a companhia resultante de uma negociação com um prêmio de cerca de 30% em relação à JBS. Para a Marfrig, a vantagem seria um mais diversificado de produtos a judaria a se diversificar que não há comércio internacional. Já a BRF se beneficia da melhoria da gestão e de um plano mais claro de negócios.
E ambas ganham com o fato de haver mais visibilidade sobre o futuro de seus negócios. “As duas ações estão descontadas na Bolsa, porque há muito ruído sobre quais serão os próximos passos”, diz Alencar.
Se conseguir emplacar novo conselho, Marfrig da nova sagaz tomada de controle da BRF. Em 2019, Pedro Parente, o atual Presidente da BRF, e Lorival Luz, Presidente executivo da companhia, eram favoritos a uma empresa da companhia com a Marfrig que garantiria à companhia 85% do capital da nova empresa e apenas 15% para a companhia controlada por Molina. Os fundos de pensão e a família Fontana se o estabelecimentou (Attilio Fontana fundou a Sadia em 1944).
As empresas passam por mudanças de controle e de posicionamento de mercado dos anos, as fortes experiências sucumbem à concorrência, mas vivenciaram um processo tão conturbado como a Sadia, que, integrado a seu concorrente main, a Perdigão, deu origem em 2011 à BRF , agora prestes a passar às mãos de Marcos Molina.
Os herdeiros da família Fontana são hoje de 80 acionistas, que juntos, não devem que 3% do capital mais votante da BRF, pelas estimativas do mercado. Os fundos de pensão também venderam participações e foram diluídos na oferta de ações feita no início deste mês.
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