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Na tentativa de convencer o presidente Jair Bolsonaro a não conceder reajuste salarial a servidores públicos federais este ano, a cúpula do Ministério da Economia tem recorrido a um argumento extremo.
Em conversas recentes, membros da equipe econômica avaliaram a outros integrantes do governo que a eventual concessão de reajuste a policiais federais poderá até impedir a reeleição de Bolsonaro este ano.

O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planosHugo Barreto/Metrópoles

O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidenteGustavo Moreno/Especial Metrópoles

No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles

No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)Matheus Veloso/Especial Metrópoles

Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protestoMarcelo Camargo/Agência Brasil

Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidoresMorsa Photographs/ Getty Photographs

Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, na última terça-feira (18/1), protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflaçãoMmeEmil / Getty Photographs

Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajusteRafaela Felicciano/Metrópoles

A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajusteRafaela Felicciano/Metrópoles

De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assuntoFábio Vieira/Metrópoles
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Segundo auxiliares, o ministro Paulo Guedes prevê que o reajuste a uma única categoria do funcionalismo vai provocar uma enxurrada de ações judiciais de outras categorias solicitando o mesmo tratamento.
O próprio chefe da equipe econômica já relatou diretamente a Bolsonaro ter recebido alerta de ministros do STF, de que o Judiciário pode acabar dando decisões atendendo o pedido dessas outras categorias.
Guedes prevê que uma eventual concessão de reajuste generalizada fará a inflação, que fechou 2021 em mais de 10%, explodir em 2022, o que trará mais desgaste político ao presidente em plena campanha eleitoral.
Na semana passada, Bolsonaro sancionou uma verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste a servidores no Orçamento de 2022, mas não carimbou os recursos para nenhuma categoria. O reajuste efetivo ainda dependerá de atos do Executivo.
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