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Acertada em novembro do ano passado, a Universidade de Brasília (UnB) voltará às aulas na próxima segunda-feira (17/1). De acordo com a reitoria da universidade, é esperado que 15% das turmas tenham algumas atividades presenciais, como aulas ou avaliações.
O retorno parcialmente presencial, no entanto, tem deixado alunos, professores e servidores da instituição preocupados. Isso devido ao aumento repentino da taxa de transmissão da Covid-19 no Distrito Federal.
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Carolyne Soares, estudante de Estatística da UnB, é uma das que está apreensiva com as atividades presenciais. Ela revela que, quando for a hora, irá, por exemplo, “fazer a prova [presencialmente] com a PFF2 e sem conversar com ninguém”.
A universitária matriculou-se em duas disciplinas que serão ministradas de forma remota, mas terão as avaliações presenciais. “A gente tá lascado. Tenho medo do nível das provas presenciais. Votei para que fosse [ensino] remoto porque ainda tenho muito medo do vírus. No presencial, a experiência é outra”, conta a aluna do 5º semestre.

Acertada em novembro do ano passado, a Universidade de Brasília (UnB) voltará às aulas na próxima segunda-feira (17/1)Rafaela Felicciano/Metrópoles

O retorno parcialmente presencial, no entanto, tem deixado alunos, professores e servidores da instituição preocupados devido a nova onda de CovidRafaela Felicciano/Metrópoles

Dentro da comunidade acadêmica, porém, há quem apoie o retorno. O Diretório Central dos Estudantes (DCE) Honestino Guimarães é a prefer da volta desde que sejam respeitadas as medidas de segurança contra o coronavírusRafaela Felicciano/Metrópoles

O passaporte de vacina será exigido neste retorno presencial para acesso ao Restaurante Universitário e à Biblioteca Central. Segundo pesquisa mais recente conduzida pela UnB, a cobertura vacinal atinge mais de 90% de toda a comunidadeRafaela Felicciano/Metrópoles
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“Sei que [o presencial] é muito bom, mas não é seguro”, avalia Rayssa Brito, outra graduanda da UnB. “Acho que é algo consciente da UnB [não fazer o retorno presencial por completo]. Não é faculdade specific que tem banheiro com sabão, higienizado para todo mundo. Imagina com uma gripe, com um vírus”, reclama.
Segundo a estudante do 2º semestre de Língua de Sinais Brasileira, a infraestrutura precária, por exemplo, é um problema no retorno presencial. “European não me sentiria tranquila se voltasse [hoje]. As salas são abafadas, não tem ventilação, entrou muita gente no curso. Agora com Flurona, piorou tudo”, avalia.
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“Existe muita apreensão por parte dos servidores com relação ao retorno [presencial]”, é o que diz Maurício Sabino, diretor de imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub).
Segundo o representante da categoria, diversos locais da universidade tornaram-se foco da doença. “Vários servidores contraíram Covid nas últimas duas semanas. A prefeitura de universidade é um [dos focos] deles”, reclama.
Ele conta que na próxima semana o sindicato realizará uma reunião interna para decidir de que forma essa preocupação com a volta será levada para a administração da UnB. A conversa se dará na próxima quarta (19/1).

Detectada pela primeira vez na África do Sul, a variante Ômicron foi classificada pela OMS como de preocupaçãoAndriy Onufriyenko/ Getty Pictures

Isso porque a alteração apresenta cerca de 50 mutações, mais do que as outras variantes identificadas até o momentoGetty Pictures

Segundo a OMS, a Ômicron é mais resistente às vacinas disponíveis no mundo contra as demais variantes e se espalha mais rápidoPeter Dazeley/ Getty Pictures

Dores no corpo, na cabeça, fadiga, suores noturnos, sensação de garganta arranhando e elevação na frequência cardíaca em crianças são alguns dos sintomas identificados por pesquisadores em pessoas infectadasUwe Krejci/ Getty Pictures

Em relação à virulência da Ômicron, os dados são limitados, mas sugerem que ela pode ser menos severa que a Delta, por exemploPixabay

O surgimento da variante também é uma incógnita para cientistas. Por isso, pesquisadores consideram três teorias para o desenvolvimento do vírusGetty Pictures

A primeira é que a variante tenha começado o desenvolvimento em meados de 2020, em uma população pouco testada, e só agora acumulou mutações suficientes para se tornar mais transmissívelGetty Pictures

A segunda é que surgimento da Ômicron pode estar ligado a HIV não tratado. A terceira, e menos provável, é que o coronavírus teria infectado um animal, se desenvolvido nele e voltado a contaminar um humanoAndriy Onufriyenko/ Getty Pictures

De qualquer forma, o sequenciamento genético mostra que a Ômicron não se desenvolveu a partir de nenhuma das variantes mais comuns, já que a nova cepa não tem mutações semelhantes à Alfa, Beta, Gama ou DeltaAndriy Onufriyenko/ Getty Pictures

Com medo de uma nova onda, países têm aumentado as restrições para conter o avanço da nova varianteGetty Pictures

De acordo com documento da OMS, a Ômicron está em circulação em 110 países. Na África do Sul, ela vem se disseminando de maneira mais rápida do que a variante Delta, cuja circulação no país é baixaGetty Pictures

Mesmo em países onde o número de pessoas vacinadas é alto, como no Reino Unido, a nova mutação vem ganhando espaço rapidamenteMorsa Pictures/ Getty Pictures

No Brasil, 32 casos foram registrados, segundo balanço divulgado no fim de dezembro pelo Ministério da SaúdeMorsa Pictures/ Getty Pictures

Por conta da capacidade de disseminação da variante, a OMS orienta que pessoas se vacinem com todas as doses necessárias, utilizem corretamente máscaras de proteção e mantenham as mãos higienizadasAndriy Onufriyenko/ Getty Pictures

A entidade ressalta ainda a importância de evitar aglomerações e recomenda que se prefiram ambientes bem ventiladosJuFagundes/ Getty Pictures
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Retorno seguro às aulas para DCE
Na contramão da reinvindicação de servidores e alunos da UnB, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) Honestino Guimarães defende a retomada das aulas gradualmente presenciais. O diretório avalia que a educação à distância não garante a mesma qualidade de ensino para todos os estudantes, e que o modelo de aprendizado é excludente.
Nos últimos meses, a organização estudantil construiu, junto com os Centros Acadêmicos da UnB, uma plataforma política para avaliar o ensino remoto na universidade. Como resultado, foi escrita uma carta com 27 reinvindicações para que as aulas presenciais pudessem ser retomadas de maneira segura.
“Acredito que todas as etapas que vem sendo tomadas estão sob o aval de muito estudo e [também] acredito que seja seguro da gente voltar”, é como Beatriz Amorim, 21, uma das coordenadoras-gerais do DCE, avalia o retorno.
Em resumo, as principais medidas que precisarão ser asseguradas são:
- Disponibilização de Equipamento de Proteção Particular person (EPIs) para professores, estudantes, técnicos, colaboradores, fornecedores, motoristas, terceirizados e trabalhadores em geral;
- Testagem em massa dos membros da comunidade acadêmica para frear o avanço da Covid-19 e do surto de gripe na UnB.
Beatriz, que está no 7º semestre de Ciências Sociais, também defende que essas reinvindicações servem para que os estudantes se sintam “minimamente seguros” nos espaços da universidade. Segundo a graduanda, vários colegas estão “desmotivados” em conciliar estudo e trabalho de maneira remota.
“A educação vem sendo muito prejudicada com a pandemia. O ensino presencial vai conseguir romper esta lógica”, argumenta.
Possível retração
Para Alexandre Bernardino, 57 anos, o contagio da nova variante da Covid-19 será o motivo que fará com que os alunos retraiam-se quanto a volta para o presencial. “A gente acredita que deve ter um processo de retração. Tem uma possibilidade de contágio sem a 3ª dose da vacina. Fica mais complicado ainda”, avalia o membro da diretoria da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB).
O também professor da Faculdade de Direito da UnB ainda defende a exigência do comprovante vacinal como forma de diminuir as preocupações. “Temos que ver o que vai ser discutido [sobre a a volta às aulas] e o que será implementado na próxima semana “, argumenta.
O passaporte de vacina será exigido neste retorno presencial para acesso ao Restaurante Universitário e à Biblioteca Central. Segundo pesquisa mais recente conduzida pela UnB, a cobertura vacinal atinge mais de 90% de toda a comunidade.
O que diz a reitoria
Procurada, a reitoria da instituição respondeu, por meio do decano de Graduação da Universidade de Brasília, Diêgo Madureira, que por ora, será mantida a decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da UnB sobre o retorno sluggish e seguro das atividades acadêmicas. Também, que o Cepe se reúne regularmente e poderá alterar a decisão a qualquer momento conforme as circunstâncias.
Em relação ao quantitativo de turmas presenciais, frisou que a “presencialidade pode ser para todas as aulas, apenas algumas ou atividades específicas dentro do calendário acadêmico”.
Diêgo reforçou ainda que cada unidade acadêmica ficou responsável por definir quais atividades seriam retomadas presencialmente devido às especificidades de cada área. Para ele, no entanto, a revisão do Plano de Retomada das Atividades Presenciais ainda é possível.
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