É isso que muda quando um clube vira empresa: Grêmio pode virar?

O ex-atacante Ronaldo Fenômeno comprou 90% das ações da Sociedade Anônima de Futebol (SAF) do Cruzeiro, onde ele começou a sua carreira. Desde então, surgiram vários debates acerca do tema clube-empresa: como funciona o processo, vale para o meu time, é benéfico mesmo? E no caso do Grêmio?

O Botafogo parece ser o próximo a seguir este caminho, o jornalista Milton Neves já chegou a dizer que a equipe carioca tem um comprador definido. A ideia é negociar 100% das ações, fazendo com que os gestores paguem as dívidas e montem um time competitivo.

Ronaldo investirá R$ 400 milhões ao longo de cinco anos e o clube civil terá seis anos para pagar 60% da dívida de quase R$ 1 bilhão. Em seguida, terá mais quatro anos para pagar o resto. A associação terá direito a 20% das receitas e 50% dos dividendos da SAF.

Por enquanto, especialistas indicam que esse modelo é benéfico aos clubes endividados, o que não é o caso do Grêmio. Clubes que conseguem manter os salários em dia, pagam suas contas e não possuem débitos, devem evitar esta possibilidade, pelo menos neste começo do projeto.

Como funciona um clube-empresa?

A gestão é o ponto central de um clube-empresa. Gestão existe em qualquer time, mas nem sempre é profissional, aliás, quase nunca…

A SAF passa a ser administrada como uma empresa, com profissionais remunerados. Existe um presidente e os políticos do futebol perdem espaço.

No caso do Cruzeiro, Ronaldo não vai chegar investindo pesado e comprando jogadores, como fazem os donos de Manchester Town, Chelsea e PSG.

O objetivo primary é pagar as contas e colocar a casa em ordem. No futuro, o Cruzeiro, como clube-empresa, poderá ter um novo rumo ou até mesmo ser vendido.

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Imagem: JC On-line