A hipoteca reversa é um recurso frequentemente utilizado nos Estados Unidos, especialmente após a crise financeira de 2008, e podem ser uma boa opção para os brasileiros idosos que possuem bens imobiliários e procuram rendimentos para as suas vidas diárias.
Geralmente, este é um sistema em que os cidadãos (geralmente com mais de 60 anos de idade) contraem empréstimos que são reembolsados mensalmente por instituições financeiras. Para ter direito a este dinheiro, é necessário colocar a sua casa ou apartamento como garantia, por exemplo.
A hipoteca reversa é um sistema complexo que deve ser detalhado nas especificações do contrato, mas que pode trazer paz de espírito àqueles que muitas vezes têm propriedade mas não têm liquidez.
No Brasil, a proposta está a ser formalizada num projecto de lei na Câmara dos Deputados. Neste artigo, aprenderá os detalhes da legislação para avaliar se esta pode ser um caminho para a sua família.
O que é uma hipoteca inversa?
Antes de falar sobre o próprio conceito, é importante compreender o que é uma hipoteca em si. Como já mencionado no início do artigo, é uma linha de crédito amplamente aceite e utilizada nos Estados Unidos é muito popular e comum lá, e por vezes podemos ver situações exploradas em roteiros de cinema, por exemplo.
Normalmente, uma hipoteca envolve deixar a propriedade como garantia em troca de um empréstimo, que será concedido por um longo período de tempo e a uma taxa de juro baixa se quiser saber mais sobre o aumento dos empréstimos.
Enquanto os bancos no Brasil uma vez ofereceram esta proposta, a prática já não é procurada ou mesmo oferecida devido a ser apanhada em questões legais locais.
Com uma proposta do governo federal, o termo está de volta às notícias econômicas no Brasil. A proposta de hipoteca reversa está a ser avaliada desde a primeira metade de 2019, e como veremos mais adiante, continua a ser processada na Câmara dos Representantes para formalizar a nova legislação.
A hipoteca reversa proposta pelo governo pretende ser uma opção para os mais velhos – hipotecariam as suas casas e receberiam um rendimento vitalício em troca.
Os idosos que pagam os seus bens podem obter um empréstimo de uma instituição bancária para utilizar o imóvel como garantia, caso em que não é necessário abandonar a residência.
Na prática, o imóvel passa a ser propriedade de um empreiteiro que fornecerá uma espécie de subsídio de manutenção mensal à pessoa idosa. O cálculo com referência a este valor mensal será efetuado pelo banco, tendo em conta o valor da unidade e a esperança de vida do proprietário, para além do risco de que o imóvel se deprecie em valor.
Com a morte do credor, que é o fim do contrato, a dívida é liquidada e os bens passam a ser propriedade da instituição bancária.
Na opinião dos peritos, a proposta de hipoteca reversa é um grande recurso para os cidadãos idosos que possuem a sua própria propriedade e que podem ter dificuldade em vendê-la numa altura de crise que o Brasil está a atravessar, obtendo assim recursos importantes para a sua sobrevivência ou planeamento para a sua futura velhice.
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Os herdeiros já não têm direitos de propriedade?
Cada discussão envolvendo bens familiares tem um impacto directo nas questões de inventário e sucessões.
O assunto recebeu uma atenção especial porque o imóvel foi penhorado como garantia num caso de hipoteca reversa mesmo que o credor continue a ocupar o local.
Com a conclusão do acordo estabelecido, a decisão será tomada pelos herdeiros e pela instituição bancária após a morte do sénior. Se decidirem continuar a deter o imóvel, terão de mobilizar e pagar o valor residual da dívida contratual com o banco.
Se a família optar por abandonar a unidade, esta será vendida – o valor pago ao banco será o montante emprestado pelo emprestador. Se as negociações produzirem um excedente deste valor, o excedente será distribuído sob a forma de uma herança.
Qual é a situação da legislação sobre hipoteca reversa no Brasil?
Apesar de ter anunciado a ideia do governo na primeira metade de 2019, a lei que regula as hipotecas inversas no Brasil ainda está a ser tratada na Câmara dos Deputados.
A proposta, introduzida pelo Deputado Vinicius Farah do MDB Rio de Janeiro, tem a seguinte redacção: “Estabelecer um sistema de hipoteca inversa para pessoas consideradas idosas apoiadas pela Lei sobre os Idosos”.
O progresso do Projecto de Lei 3096/2019, que está a ser analisado pelos comites como uma etapa de pré-balotte, pode ser visto neste link.
Como esta é uma abordagem tipicamente mais aceite entre os idosos, o projecto de lei está directamente relacionado com o Estatuto dos Idosos e destina-se, portanto, a esse público. Com a aprovação da lei, todas as demarcações e outras regras devem ser definidas.
Embora ainda não totalmente regulamentadas, as hipotecas inversas podem ser uma grande oportunidade para os idosos com propriedades pagas terem um subsídio vitalício para viverem em maior paz financeira, dando as suas casas como garantia às instituições bancárias.

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